“Perceberam que a Polícia Federal negou-se a buscar Lula no Sindicato dos Metalúrgicos?
Que não se lançou num combate arriscado no terreno do inimigo?
Deixou que a militância gritasse, gastasse energia, esgotasse seus recursos e, por fim, se visse sem resistência.
Esperou para avaliar o tamanho das fileiras adversárias,e então, logo constatou que elas não passariam dos mesmos sindicalistas e estudantes de sempre, sem qualquer reforço de adesão popular (eu já sabia!)
Um delegado disse em alguma reportagem que qualquer reação da PF para capturar Lula seguiria instruções do juiz responsável pela ordem de prisão.
Pois Sérgio Moro não piscou. Não requisitou o Batalhão de Choque, não mandou suspender a energia do prédio do Sindicato, não fez nada que pudesse inflamar ainda mais os ânimos ou criar um fato novo.
Pelo contrário: deixou que a chama da militância se apagasse pela própria falta de combustível.
Impossível não lembrar de Sun Tzu:
"Conhece teu inimigo e conhece-te a ti mesmo e se tiveres cem combates a travar, cem vezes serás vitorioso. Se ignoras teu inimigo e conheces a ti mesmo, tuas chances de perder e de ganhar serão idênticas. Se ignoras ao mesmo tempo teu inimigo e a ti mesmo, só contarás teus combates por tuas derrotas."
Por essas e outras que admiro ainda mais Sérgio Moro, tudo o que vimos nas últimas 24 horas está descrito em a Arte da Guerra.
Mas não é todo mundo que curte um bom livro, não é mesmo? “
E na contramão de todos está alguém que abriu mão de si mesmo pelo poder. Lula construiu uma história de vida capaz de arrastar emoções e o levar à presidência. Agora, de modo desprezível, o mesmo Lula destrói-se por completo. Não é preciso resgatar o tríplex, o sítio ou os R$ 30 milhões em “palestras” para atestar a derrocada do ex-presidente. Basta tão somente reparar a figura pitoresca na qual Lula se tornou. O operário milionário sempre esbanjou o apoio popular e tomou para si o mérito de salvar o país da miséria. Contudo, junto disso, entregou-se aos afetos das maiores empreiteiras, não viu mal em lotear a máquina pública, nem constrangeu-se em liderar uma verdadeira organização criminosa.
Sem hesitar, brincou com os sonhos do povo e fez de seu filho, ex-faxineiro de zoológico, um megaempresário. Aceitou financiamentos regados a corrupção, fez festa junina pra magnatas e mentiu, mentiu e mentiu. O resultado, enfim, chegou: ao abrir mão de si mesmo, Lula perdeu o povo.
Pelas ruas, o ex-presidente é motivo de indignação e fonte de piadas. Lula virou chacota, vergonha, deboche. Restou-lhe a militância do pão com salame e aqueles que tratam a política com os olhos da fé messiânica.
Seu escárnio da lei confirma sua queda. Lula ainda enxerga o Brasil como um rebanho de gado e não percebe que está só, cercado por advogados que postergam seu coma moral. Enquanto ofende o judiciário e todos aqueles que não beijam seus pés, Lula trancafia-se na bolha de quem ainda acredita que meia dúzia de gritos e cuspes podem apagar os fatos.
O chefe entrou num mundo sem saída, trocou sua consciência pelo poder e corrompeu-se até dissolver sua essência. Lula morreu faz tempo. Restou-lhe, apenas, uma carcaça podre que busca a vida eterna no inferno de si mesmo.
Gabriel Tebaldi é graduado em História pela UFES.
Eu discordo.
ResponderExcluirLula sempre foi um vagabundo aproveitador das massas. Nunca foi trabalhador coisa nenhuma e jamais teve uma consciência que lhe cobrasse a razão. Lula foi e continua sendo um agitador que manobra o sentimento dos seus pares e dos trabalhadores que acreditam no poder de sua oratória de sindicalista de sucesso. Jamais foi digno de liderar qualquer coisa, pois nunca foi exemplo de pessoa ou profissional. Lula foi, a vida toda, um esperto vendedor de ilusões (verdadeiro 71) tal qual um monte de "lider" religioso que enriqueceu apoiado na boa fé alheia. Se há algo para concordar no texto de Gabriel Tebaldi (mesmo assim adicionando dados), é que Lula após ser eleito presidente da República pela primeira vez entrou num mundo sem saída e vendeu a alma de vez, só que por valores que ele próprio jamais imaginou.
Lula merece ser enforcado em praça pública por ter traído milhões de pessoas e por zombar da lei e da justiça.
Em tempo: não discordo da estratégia da PF nem do juiz. Eles foram perfeitos em não entrar no jogo midiático de esquerdistas estelionatários. Discordo, sim, da atribuição, por parde de Gabriel Tebaldi, de adjetivos às qualidades que o Lula jamais possuiu. Lula só enganou o estômago de gente miserável e de esquerdista com tesão no marxismo.
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