Prezados leitores, uma coisa puxa outra.
Vai que o FBI continue avançando sobre o mundo dos negócios no futebol que tem sustentáculo nas transmissões das partidas pelas redes de televisão.
Quem sabe a "Operação Abafa" desencadeada nos dias 7, 8 e 9 de dezembro de 2013 seja esclarecida.
"Revista Carta Capital
Política
Editorial
Caras de pau-brasil
por Mino Carta
Publicado 01/06/2015 05h06
Foi preciso que o FBI entrasse em cena para desencadear o escândalo do futebol. Porque, se dependesse do governo, da mídia, dos torcedores... Bem, deixemos para lá
O mundo se curva, o Brasil docet, diriam os antigos romanos. Ensina, leciona de cátedra. Não somos por acaso o país do futebol, a pátria de chuteiras. Em matéria, há tempo deixamos de ser os reis da bola, somos, porém, imbatíveis no gramado da corrupção.
Tudo escancarado há mais de 40 anos, sem ser denunciado e punido. A imponente mazela perpetrada em todos os campos do futebol nativo, a falcatrua constante, o engodo feroz, são vergonhosamente ignorados até pela mídia, esportiva ou não, com raríssimas e digníssimas exceções. Quando não são secundados, ou mesmo incentivados.
Tudo começa, no plano internacional, com João Havelange, dono da Fifa desde 1974, e chega agora a José Maria Marin. Na origem e no desenvolvimento os protagonistas nativos campeiam, graças à inestimável contribuição, com efeitos determinantes no cenário nacional por uma época farta, de Ricardo Teixeira, antecessor de Marin, autoexilado, para salvar a pele, em Boca Raton, paradeiro de nome bastante persuasivo. Nem por isso, seguro, a esta altura do campeonato.
Criatura de Havelange, de quem já foi genro, Teixeira corre riscos até ontem inesperados: entrou no enredo o FBI, aquele que a gente se acostumou a ver triunfar na televisão, e Marin, finalmente alcançado na Suíça, uma vez deportado para os Estados Unidos, lá será julgado e condenado com o rigor de quem leva as coisas a sério. Parece que Teixeira caiu na brasa.
Não haverá um Gilmar Mendes ianque para tirar da enrascada os envolvidos na grande tramoia. Como se deu, só para citar um exemplo, com o banqueiro Daniel Dantas, alcançado pela Operação Satiagraha, preso duas vezes e duas vezes libertado pela intervenção de Mendes, capaz, aliás, de emperrar o funcionamento da Suprema Corte brasileira em proveito dos seus próprios objetivos públicos.
Há certo parentesco entre os casos, a se considerar que Dantas já foi condenado fora do País, em Nova York, em Cayman e em Londres, enquanto aqui na terrinha pode-se permitir viver à larga em perfeito sossego. Desde a clamorosa roubalheira-bandalheira da privatização das comunicações, o maior escândalo da história pátria, até o enterro da Satiagraha e o desterro do delegado Paulo Lacerda para Portugal.
Não recordo que por ocasião destes dois momentos da trajetória de Dantas a mídia nativa tenha entrado em ação para martelar diuturnamente em denúncias e acusações como se dá hoje em relação ao “petrolão”. Do período que vai da Operação Chacal à Satiagraha sobrou a constrangedora impressão de que o banqueiro do Opportunity vive em paz por ter todo mundo no bolso.
A diferença entre Marin, e quantos mais vierem atrás dele, e Dantas, é representada, em primeiro lugar, pela presença do FBI, sem contar que logo após virá a Justiça americana, e os EUA são muito severos em relação à lavagem de dinheiro dentro de suas fronteiras. Por ora,
Joseph Blatter, o presidente da Fifa, e outros, estrangeiros e nacionais, todos herdeiros diretos ou indiretos de Havelange, escapam aparentemente à investigação do Federal Bureau. Não se excluam surpresas, contudo.
Faz duas semanas, CartaCapital dedicou uma capa à CBF de Marco Polo Del Nero. A Confederação queixou-se, alegou não ter sido procurada para dirimir nossas dúvidas, como se não estivéssemos largamente habilitados a imaginar quanto teríamos de ouvir. Retrucamos, de todo modo, que muito nos agradaria entrevistar o próprio presidente da entidade, com total liberdade para formular perguntas. Não houve resposta.
Sabemos que na terra brasilis, os donos de poder, em qualquer instância, são intérpretes insuperáveis de uma secular tradição de desfaçatez, prepotência e hipocrisia na certeza da impunidade por direito divino. São os caras de pau-brasil. O futebol, está claro, entre nós não é assunto de somenos, e algo intrigante é a razão por que, sempre a ficar em meros exemplos, as partidas noturnas tenham necessariamente de acontecer depois da novela da Globo. Ah, sim, a Globo... Quanto valerão tantas benesses que lhe foram concedidas?
E é possível que o governo federal, hoje representado por um ministro do Esporte inepto, não intervenha nos gramados da política do futebol, entregue a uma máfia de cartola? Permito-me lembrar que a seleção canarinho adentra aos gramados do mundo ao som do Hino Nacional (Leia mais)".
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Juntos Somos Fortes!
Bom lembrar que Unimed e CBF eram unha e carne.
ResponderExcluirEscreva o que você sabe sobre essa relação.
ExcluirEncaminhe para mim.
Publicarei.
Peço apenas que assine o artigo, afinal, quem não deve, não teme, bota a cara.
A imprensa publicou direto sobre essa relação entre Unimed e CBF na época do.julgamento do caso lusaflu. Não entendo por que não está no livro ou esse livro não é investigativo?
ResponderExcluirQue "imprensa"? O blog do paulinho? Mulambo retardado!! Se bem que "mulambo retardado" é uma baita redundância...
ExcluirE que "julgamento do caso lusaflu"? Isso não foi nem ao menos investigado já que o verdadeiro corruptor segue sendo abafado pela dona do Brasil. Oh, mulambo por que você não faz um favor à humanidade e se muda para a Antártida? Aproveita e VTNC!!!!!
ExcluirEsse cidadão está muito enganado, a Unimed não era patrocinadora da CBF. você tem que ter conteúdo .
ResponderExcluirO Sr. escreveu muito bem, Coronel Paúl.
ResponderExcluirDepois que o esquema de corrupção da FIFA e da CBF foi desbaratado, os mulambos estão escrevendo absurdos que mostram o seu total desespero.
Isso mostra que nós devemos seguir em frente, já que as atitudes dos urubus estão provando que nós, que queremos a verdade, estamos no caminho certo, daí o medo deles.
É hora, portanto, de divulgar o máximo que pudermos o seu livro, Coronel.
Eles, se quiserem, que escrevam um.
Tentar associar CBF e Unimed-Rio é típico de quem não conhece a história do Fluminense, de quem só ouviu falar.
ResponderExcluirA Unimed-Rio (na figura do Sr. Celso Barros) era contra a administração do atual presidente Peter Siemsen desde o dia em que este ganhou a eleição. Todos sabiam que um dia a relação iria acabar, como realmente acabou recentemente.
Só imbecil pode achar que a Unimed-Rio colocaria a reputação da empresa em jogo, em um caso de corrupção que poderia ser uma bomba mortal pros seus negócios, só pra salvar o Fluminense do rebaixamento e consequentemente a atual diretoria do clube.
Se o Fluminense caísse, bastaria romper o contrato de patrocínio e fim. Como aconteceu agora depois de muitos avisos de que isso ocorreria. Todo tricolor sempre soube disso.
Pergunto. Se a Unimed-Rio tivesse participado dessa corrupção toda no final de 2013, com todos os riscos que isso envolvia, por que ela saiu do clube um ano depois, no final de 2014?
Não teria sido uma atitude meio burra, tanto esforço pra nada? Tanto risco pra nada?
Pra finalizar. Quem fazia a saúde da CBF não era a Unimed-Rio e sim a UNIMED nacional. Apesar do nome, não tem nada a ver com a empresa carioca.
Tudo que é contra o fluminense é sem conteúdo, é ignorante, é boçal. Mas a defesa proposta pelos tricolores tem conteúdo, como se observa na defesa acima?
ResponderExcluirEsse desinformado também deveria ler outros assuntos, o Fluminense já estava traçando todo o planejamento para jogar a segunda divisão, mas a mulambada e tão incompetente, que eles, Mulambos, iriam disputar a segundona, em virtude da escalação irregular do Andre Santos. Se vocês Mulambos não lembram, vou refrescar as suas memórias, o André Santos seria mandado embora por justa causa do clube, quando o mesmo falou que iria abrir o verbo, os Mulambos voltaram na decisão.
ResponderExcluirOlha o conteúdo tricolor. Puro boçalidade.
ResponderExcluirE você e uma mina. Algum tricolor pegou a sua mulher.
ResponderExcluirÉ muito relevante essa investigação, mas no meu ponto vista, o governo norte americano, quer desestabilizar os BRICS, quebrando as leis dos países investigados, levando para si todo o juízo. Inviabilizando, o judiciário, dos outros países, eles os norte americanos (governo) ,estão a inserir o ato institucional, lembram? Aqui findo o assunto.
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