"JORNAL EXTRA
14/01/2014 07:00:14
Delegado informou PM sobre investigação seis meses antes de suspeito de ser miliciano passar para o Cfap
O setor de pesquisa Social e Documental da PM foi informado que havia um inquérito que investigava o então candidato Rodrigo Souza dos Santos, 30 anos, seis meses antes de sua aprovação no concurso....
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O setor de pesquisa Social e Documental da PM foi informado que havia um inquérito que investigava o então candidato Rodrigo Souza dos Santos, 30 anos, seis meses antes de sua aprovação no concurso. Rodrigo foi aprovado em todas as etapas e, em julho do ano passado, começou o curso no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), em Sulacap. Entretanto, em maio, o delegado da 33ª DP (Realengo) pediu a prisão de Rodrigo, apontado como chefe da milícia da favela Cosme e Damião, em Realengo.
A informação faz parte do ofício E09-131109-1033/2012 enviado à PM no dia 3 de dezembro de 2012. O documento é assinado pelo delegado da 33ª DP, Carlos Augusto Nogueira, e foi recebido pelo setor de Pesquisa Social e Documental no dia 12 de dezembro. Nele, a Polícia Civil solicita que a PM preste “todas as informações que dispuser o candidato para melhor instruir o procedimento em tela”.
Somente no dia 2 de setembro de 2013, quando Rodrigo já frequentava as aulas do Cfap, a PM excluiu o aluno. Segundo nota enviada pela corporação, o inquérito, que começou em dezembro de 2011, só “veio ao conhecimento da administração após a incorporação do candidato”. A PM sustenta que “existe um documento juntado aos autos datado de 13 de dezembro de 2012, cuja data de impressão aponta para o dia 10 de setembro de 2013, originário da 33ª DP, dando conta de que o candidato era investigado por aquela distrital”. Rodrigo teve prisão preventiva pedida por formação de quadrilha e extorsão. Atualmente, o caso está na Justiça.
A investigação foi motivada pela denúncia de moradores da Cosme e Damião, que contaram, em depoimento que o grupo cobrava uma “taxa de segurança” de R$ 20 por morador e ameaçava quem se opusesse. O delegado também pediu a prisão de outros três suspeitos de integrar a milícia: Anderson Luiz dos Santos, Renan Campos Nunes e Everaldo Mota de Oliveira".
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