Charge: Alex Ponciano
Cidadão brasileiro, eu recebi através do twitter (@celprpaul) os dois vídeos inseridos neste breve artigo.
As imagens foram produzidas na noite do dia e de dezembro de 2013, na Avenida Atlântica, durante protesto contra o governador Sérgio Cabral.
Elas não permitem identificar o que teria sido feito pelos manifestantes contra os Policiais Militares, apresentam as reações dos PMs, mas em um deles fica claro quando o policial informa que tinham atirado uma pedra contra ele, uma prática que tem ocorrido em protestos é bom que se diga, mas que não aparece nas imagens.
A sequência de imagens demonstra que PMs perseguem e agridem manifestantes, os quais por sua vez promovem um enfrentamento verbal contra as ordens emanadas pelos policiais.
Impossibilitados de fazer um juízo de valor sobre o que aconteceu ao longo do protesto, tendo em vista que as imagens representam alguns minutos do ato, não podemos deixar de registrar que o estado emocional, tanto dos PMs, quanto dos manifestantes, está alterado. Ninguém age normalmente, emocionalmente alterado, nem policiais, nem manifestantes.
Incontáveis vezes temos escrito que a má gestão do governo Cabral nos protestos tem transformado a Polícia Militar em inimigo número um do povo que vai para as ruas, fazendo inclusive gerar um forte movimento pela desmilitarização das PMs.
Isso tudo é inadmissível, pois a PM existe exatamente para servir e proteger o povo, não par ser transformada em inimiga da população. O povo por sua vez deve respeitar a corporação composta por homens e mulheres que arriscam a própria vida em sua defesa.
A realidade que estamos vivendo nas ruas, a cada protesto, mostra uma grave alteração no quadro.
A capacidade do atual governo de gerir mal a atuação da PM tem ocorrido até nas comunidades pacificadas, onde só trabalham PMs treinados em "policiamento de proximidade". Uma nova expressão criada para substituir a tradicionalmente empregada: policiamento comunitário, que nasceu no Rio na década de oitenta.
Nem nas UPPs o governo consegue estabelecer adequadamente a relação PM x Povo.
Se os manifestantes previamente já consideram o PM como um inimigo e esse PM está completamente estressado física e emocionalmente, inclusive em razão de ter que "vender" suas folgas para o governo como forma de completar o salário famnélico, para suprir em parte a falta de policiamento nas ruas, devida a colocação de quase 10.000 PMs nas UPPs, o caldo de cultura está pronto para os conflitos que assistimos os fatos lamentáveis que ocorrem em cada protesto.
Respeitosamente e disciplinadamente, exercendo nossa liberdade de expressão e a nossa capacidade de avaliar os fatos, além dos que são noticiados, temos escrito que já passou da hora de mudar o secretário de segurança, a gestão não deu certo, como comprovamos com inúmeros argumentos que publicamos em nossos artigos.
É preciso mudar em cima e parar de mudar no segundo escalão (Foram nomeados 5 Comandante Gerais e 3 Chefes da Polícia Civil).
O Rio precisa de um novo secretário, isso enquanto existir a secretaria de segurança, um órgão super dispendioso para os cofres público e pouco produtivo.
Um órgão que consome milhões de reais por mês, isso sem falar nos grandes erros promovidos em compras como os kit gás instalados em centenas de viaturas da PM e que nunca forma usados. Uma parte dos caríssimos contratos casados (compra e manutenção) de apenas parte das viaturas operacionais da PM.
Pior que errar é insistir no erro.
Vamos esperar os protestos gigantes que acontecerão na Copa 2014 virarem tragédias para mudar o secretário?
Como dizem os jovens: Já deu !
Seja feliz e bom retorno à terra natal.
Segundo vídeo:
Juntos Somos Fortes!
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