Prezados leitores, nós protestamos nas ruas contra a realização dos jogos olímpicos no Rio de Janeiro desde a apresentação da cidade como candidata.
A nossa fundamentação sempre foi alicerçada basicamente em dois aspectos, existentes naquela época e que permanecem até a presente data:
1) A violência fora de controle. Isso é uma realidade no estado do Rio de Janeiro há muito tempo, portanto, o risco para atletas, turistas e jornalistas é real, sendo uma irresponsabilidade realizar os jogos onde criminosos circulam com fuzis e pistolas por todos os lugares e em qualquer horário
2) O uso do dinheiro público deve obedecer prioridades, o que não é o caso da realização de uam Olimpíada.
Nós continuamos o nosso protesto contra os jogos após a escolha e durante os anos que antecederam a Rio 2016.
Dias antes do início fizemos questão de reunir um pequeno grupo de Coronéis PM para reafirmar a existência dos riscos e para solicitar que a imprensa fizesse uma campanha alertando aos turistas, aos atletas e aos jornalistas sobre os riscos, emitindo um manifesto em português e inglês (Vídeo).
A imprensa ignorou.
Ontem, uma tragédia quase ocorreu.
"Jornal O Dia
09/08/2016 21:41:45
Ônibus oficial dos Jogos Olímpicos é atingido por tiros em Curicica
Jornalistas, sendo quatro brasileiros e oito estrangeiros, voltavam para o centro de mídia, depois dos jogos de basquete
Estadão Conteúdo
Rio - Um ônibus oficial dos Jogos Olímpicos Rio-2016 que fazia o trajeto entre a Arena da Juventude, em Deodoro, e o Parque Olímpico da Barra foi alvo de tiros de baixo calibre enquanto passava pelo bairro de Curicica, na Zona Oeste do Rio, por volta das 19h45 desta terça-feira. Duas janelas foram atingidas e os estilhaços atingiram e feriram dois jornalistas.
O fato ocorreu enquanto 12 profissionais de imprensa, sendo quatro brasileiros e oito estrangeiros, faziam o caminho de volta para o MPC, centro de mídia, depois de encerrada a rodada de jogos do basquete feminino. O susto fez que os jornalistas se jogassem no chão e a sensação inicial era de que o ônibus havia sido atingido por balas perdidas. O repórter do Estadão estava ao lado de uma das janelas atingidas.
Um jornalista da Turquia teve o cotovelo cortado pelos estilhaços. Uma profissional norte-americana da transmissora oficial, provavelmente a de idade mais avançada no grupo, chorava bastante e, assim como o turco, só levantou do chão quando o ônibus pediu ajuda de um veículo da Polícia Militar e parou na pista.
Os policiais não se preocuparam em inspecionar o ônibus e alegaram que o veículo havia sido alvo de pedradas. A tese é improvável, uma vez que ele passava longe das residências, em alta velocidade, e as marcas nos vidros tinham diâmetro muito pequeno. Além disso, os estouros foram seguidos, na mesma altura, primeiro na janela dianteira, depois em uma mais central. Uma bala de calibre alto teria atravessado o ônibus.
A polícia logo se afastou do ônibus e permitiu que ele seguisse o percurso até o MPC.
No caminho, as janelas foram se desmanchando, colocando em risco os jornalistas, uma vez que os estilhaços se espalharam pelo veículo.
O veículo ficou pelo menos 10 minutos parado ao lado da estação Outeiro do BRT, mas ninguém ofereceu auxílio.
Um carro do Exército com pelo menos 7 homens viu tudo de uma distância de não mais do que 50 metros, mas nenhum dos militares se ofereceu para ajudar ou para oferecer segurança aos jornalistas, alguns deles ainda em pânico, chorando.
O ônibus seguinte a fazer o trajeto, que saiu cerca de 30 minutos depois da Arena do Futuro, foi escoltado por quatro carros do Exército até a sua chegada no MPC. A secretaria de Segurança Pública disse que não vai comentar o assunto. As assessorias de imprensa Polícia Civil e a Polícia Militar não foram encontradas pela reportagem na noite de ontem (Fonte)".
Juntos Somos Fortes!
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