Prezados leitores, conheçam alguns aspectos da ascensão do ex-governador Sérgio Cabral, a queda nós estamos vivenciando.
Hoje ele divide uma cela em Bangu 8 com alguns amigos e deverá receber outros.
"Tribuna da Internet
Escritório da superadvogada Adriana Ancelmo é uma fábrica de lavagem de dinheiro
Posted on novembro 30, 2016 by Tribuna da Internet
Carlos Newton
Nesta terça-feira, comentei rapidamente meu relacionamento com o ex-governador Sérgio Cabral, a quem conheci quando ele ainda era muito jovem e nem tinha entrado na política. Agora, vou dar mais detalhes. Ajudei no início da carreira dele, levei-o ao “Sem Censura”, abri espaço na mídia. Eu tinha trabalhado no “Diário de Notícias” com o pai dele, jornalista Sergio Cabral, que em 1982 teve a ideia de disputar a eleição de vereador e conseguiu a vitória, com apoio dos sambistas e dos colegas da imprensa. Na época, o vascaíno Cabral, muito querido, escrevia sobre futebol e música popular.
UM POLÍTICO EXEMPLAR – Serginho foi trabalhar no gabinete do Cabral vereador, depois arranjou emprego no governo Moreira Franco (TurisRio), criou os Albergues da Juventude e resolveu disputar a eleição de deputado estadual em 1990, para se beneficiar com a coincidência de nomes e o prestígio do pai vereador. No primeiro jantar para lançar a candidatura dele e angariar fundos, na Churrascaria Copacabana, lá estava eu, na mesa principal, junto ao casal Sérgio Cabral e Magali, o sogro Gastão Lobosque Neves, o senador Artur da Távola e o deputado Francisco Dornelles – como se vê, a mesa era pequena.
Serginho se elegeu em 1990, e no início era tão cioso que recusou todas as mordomias e o carro oficial. Dirigia um modesto Voyage, a gente se orgulhava dele, era um político exemplar. Eu então o levei para participar do programa diário “Bate Boca”, na TV Manchete, junto com Eduardo Mascarenhas (na época, deputado federal pelo PDT), Garotinho (era ex-prefeito de Campos), Lindbergh Farias (então presidente da UNE) e mais uma porção de debatedores.
ENRIQUECENDO – Mas Serginho logo se corrompeu. Na Assembleia, ficou amigo de José Nader e Jorge Picciani, começou a costear o alambrado, como dizia Leonel Brizola. Lançou-se candidato a prefeito pelo PSDB em 1992, sabia que ia perder, mas embolsou as “sobras de campanha” e tomou gosto pela corrupção. Se reelegeu deputado estadual em 1994, no ano seguinte assumiu a presidência da Assembléia e a festa da corrupção realmente começou. Em 1996, candidatou-se novamente a prefeito e aumentou a fortuna com mais “sobras de campanha”.
Alguns anos depois, surgiu a ideia de justificar a riqueza abrindo uma banca de advocacia para o sogro Gastão Neves, pai de Suzana, primeira mulher de Serginho. Surgia, assim, o escritório Neves e Góes Advogados Associados, na Rua da Assembléia 58, 11º andar, com sete salas e um salão. Gastão, sobrinho de Tancredo Neves, era formado em Direito, porém jamais exercera a profissão. Quem defendia as causas eram os associados, mas Gastão entrava com os clientes, que eram arranjados pelo genro Sergio Cabral Filho, com seu prestigio de presidente da Assembléia.
ADRIANA ANCELMO – Há várias “lendas” sobre o romance com Adriana Ancelmo, algumas delas fomentadas pelo próprio Cabral. Na verdade, foi em 2001 que o presidente da Assembléia conheceu a jovem advogada Adriana Ancelmo, que trabalhava no Instituto de Segurança Pública do Estado. Cabral contratou-a para ser procuradoria assistente na Assembleia Legislativa e acabou largando a mulher Suzana Neves, embora haja quem diga que foi ela que o largou (em sociedade tudo se sabe, diria nosso amigo Ibrahim Sued).
Cabral Filho se elegeu senador em 2002, o sogro Gastão Neves morreu, e em 2004 o parlamentar teve a ideia de abrir um escritório para a nova mulher Adriana Ancelmo, que não tinha experiência como advogada, para lhe repassar os clientes que Gastão atendia. Surgiu, assim, o escritório Coelho, Ancelmo e Dourado Advogados Associados, uma sociedade de Adriana com seu ex-companheiro Sérgio Coelho, para mostrar que não havia ressentimentos, e com outro advogado, Sergio Dourado.
A essa altura, Cabral já estava rico e promoveu uma cerimônia de casamento informal com Adriana, bancando uma festa para centenas de convidados no Copacabana Palace.
ANCELMO ASSOCIADOS – Depois que pegou a manha, como se diz, Adriana Ancelmo primeiro se livrou do sócio Sérgio Dourado e depois do próprio ex-companheiro Sérgio Coelho, para reinar sozinha como grande dama da advocacia carioca, no escritório hoje denominado Ancelmo Associados, instalado na Avenida Rio Branco 138, 14º andar.
E foi assim que se consolidou o esquema de corrupção e lavagem de dinheiro no escritório, frequentado por clientes famosos, como Eike Batista, que pagavam caro em troca de serviço algum. Para se ter uma ideia, Ancelmo Advogados declarou à Receita faturamento de R$ 73,1 milhões de 2007 a 2014, período em que Cabral esteve no governo. Nessa contabilidade, é claro, não constavam as entradas em dinheiro vivo, que eram inicialmente guardadas no cofre lá instalado.
A GRANDE FARSA – É claro que o escritório tem clientes que até recebem atendimento, como a Oi/Telemar, com grande quantidade de pequenas ações movidas por usuários insatisfeitos com a operadora, assim como a Light, ambas também com muitos processos trabalhistas, coisas assim. Mas a Polícia Federal já reuniu provas abundantes de que, no caso de outros grandes clientes, Adriana Ancelmo simplesmente recebia generosos honorários sem representá-los judicialmente.
Aliás, A Polícia Federal nem precisava de comprovação. Bastava conferir o currículo dos integrantes do escritório. A experiência da poderosa Adriana Ancelmo. por exemplo, se limita a um ano como gerente judicial do Instituto de Segurança Pública, o que nada significa, e depois dois anos como procuradora assistente da Assembleia, cargo para o qual foi contratada pelo próprio Sergio Cabral, de quem se tornara amante na época.
ILUSTRES DESCONHECIDOS – Há outros 12 advogados “associados”, mas todos são ilustres desconhecidos nos meios forenses. E agora a grande farsa acabou, porque os próprios funcionários do escritório estão denunciando a lavagem de dinheiro.
A gerente financeira Michelle Tomaz Pinto confessou à Polícia Federal que Luiz Carlos Bezerra, operador de Cabral, entregava dinheiro vivo à ex-primeira-dama no escritório e os grandes clientes pagavam sem haver serviços prestados. Um deles, dono do empreendimento Portobello, confirmou tudo. O show já terminou, como diria Roberto Carlos (Fonte)".
Juntos Somos Fortes!
Efeito dominó,e muito gente não sabe,ou até mesmo esqueceu que tudo começou em maio de 2007, com as manifestações em Copacabana, seguida pelo Movimento dos Coronéis Barbonos,dos quais o senhor é um deles,depois em 2009 começamos a se aproximar e até mesmo se organizar pela aprovação da PEC 300.
ResponderExcluirE o ex Governador Sergio Cabral insistia a nós desafiar e medir força, conosco da Força de Segurança Pública do estado,desconhecendo da forma forma em que formos forjados e polidos Coronel PAÚL,depois vieram nós,os BOMBEIROS MILITARES, os indomáveis Leões !
Efeito dominó... agora não tem mais volta,eles pagaram pra ver...
JUNTOS SOMOS FORTES.