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quarta-feira, 20 de abril de 2022

POR QUE OS VETERANOS E AS PENSIONISTAS DA PMERJ E DO CBMERJ NÃO TEM FORÇA?





Eu não tenho informações concretas sobre o universo composto pelos Veteranos e pelas Pensionistas da Polícia Militar (PMERJ) e do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro (CBMERJ), mas podemos fazer uma estimativa apenas para o desenvolvimento do raciocínio usando alguns parâmetros, como o efetivo das duas Instituições Militares, a idade média de passagem para a inatividade e a atual estimativa de vida dos brasileiros.

Insisto, sem dados concretos, estimemos que a PMERJ tenha 20.000 Veteranos e 10.000 pensionistas, enquanto o CBMERJ tenha 10.000 Veteranos e 5.000 Pensionistas.

Tais números podem estar superestimados ou subestimados, o que não afeta a nossa reflexão.

No caso estimado as duas Instituições Militares agregariam 45.000 Veteranos e Pensionistas.

Como explicar que um número de pessoas tão expressivo não tenha força para defender seus próprios direitos?

Um fator que contribui muito para isso é a natural dispersão após o afastamento dos quartéis, cada um segue sua vida, inclusive fora do Rio de Janeiro e até fora do Brasil. Sem a capacidade de se reunirem, o enfraquecimento é uma consequência inevitável.

Os Clubes e as Associações de Classe poderiam diminuir esse efeito promovendo reuniões periódicas, mas preferem desenvolver atividades lúdicas para seus poucos associados. Sim, o número de associados de cada Clube ou Associação é pífio diante do número possível de associáveis. A AME-RJ, salvo melhor juízo, tem menos de 2.000 associados. 

Interessante destacar que essa carência de associados é resultado de um sistema que se realimenta de forma contínua. Como não desempenham o seu papel de defensores das Instituições Militares, inclusive contra desmandos do governo, isso faz com que os que poderiam se associar percam por inteiro o interesse, assim o número de associado não cresce e enfraquece a representatividade dos Clubes e Associações que cada vez fazem menos por nós.

Outro fator são os excelentes proventos recebidos pelos Oficiais dos últimos postos, o que faz com que poucos se preocupem em defender as Instituições nas questões remuneratórias.

Lembro a frase que ouvi recentemente de um Coronel do Corpo de Bombeiros:

- Nunca pensei ao longo da minha vida castrense ganhar no CBMERJ o que ganho atualmente!

É verdade!

Os Ativos chegaram a ganhar 40% de aumento. 

Qual categoria profissional recebe tal benefício nesses dias difíceis?

Apesar disso ele se mobiliza, sendo um raro exemplo.

Ainda temos a questão da idade muito avançada de boa parte dos Veteranos e das Pensionistas, eles e elas com suas comorbidades, o que os impedem até de sair de casa.

E, para não alongar o artigo cito apenas mais um fator: a desinformação.

Ela é maior no grupo das Pensionistas que nem têm direito a um contracheque discriminando todos os itens (recebimentos e descontos), como ocorre com os Ativos e Veteranos.

Penso ter apresentado alguns fatores que favorecem o enfraquecimento desse "EXÉRCITO DE 45.000 HOMENS E MULHERES".

A conclusão é que os Veteranos e as Pensionistas continuarão sendo discriminados e recebendo cada vez menos?

NÃO!

A conclusão é que temos problemas e que devemos buscar soluções para saná-los.

Não tenho dúvida que o primeiro muro a ser derrubado é a DISPERSÃO, o que permitirá reunir boa parte dos Veteranos e das Pensionistas.

Imaginem se conseguirmos reunir 10.000...

Um grupo de tal envergadura tem força dentro e fora das Instituições Militares.

Como reuni-los?

Através das redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram, etc.

E, usando aplicativos de troca de mensagens, como o WhatsApp.

Basta usarmos as redes para nos comunicarmos e criarmos uma marca, por exemplo: #veteranospensionistasunidos 

Isso ajudará a congregar os interessados em lutar pela defesa dos direitos das Instituições Militares.

Deixo a reflexão: somos capazes de fazer isso?

Penso que sim.

Juntos Somos Fortes!



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