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segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

O POLICIAL MILITAR DO RIO DE JANEIRO TEM MEDO DE LUTAR POR SEUS DIREITOS ?

40 da Evaristo

Coronéis Barbonos


Prezados leitores, ninguém pode duvidar do idealismo e do destemor dos Policiais Militares do Rio de Janeiro.
No estado a violência e a covardia  dos criminosos são imensas, isso faz com que o fato de estar fardado nas ruas ou estar no interior de uma viatura, já constituem demonstrações de rara coragem.
Enfrentar no curso de operações policiais dentro das vielas das comunidades carentes, criminosos que usam armas de guerra, parece suicídio, tamanho o risco.
São Oficiais e Praças, homens e mulheres, maduros e jovens, de coragem incomum.
Como explicar que tanta coragem para exercer as atividades policiais militares, parece desaparecer quando precisam lutar por seus direitos?
Seria o receio de ser enquadrado no Regulamento Disciplinar da PMERJ e/ou no Código Penal Militar?
Teriam eles mais medo de ficar preso do que de morrer?
Não é possível.
Mas muitos apresentam essa versão para explicar a inércia de Oficiais e de Praças na busca dos seus direitos.
Seria o medo dos Oficiais de perderem gratificações oriundas das funções de Comandante, Chefe ou Diretor e o medo dos Praças de serem transferidos para uma OPM sem gratificação? 
Nesse caso, eles teria mais amor ao dinheiro do que a vida.
Inconcebível.
Maior dificuldade para encontrar a resposta aparece quando constatamos que até em atos que não constituem transgressão ou crime militar, muito pelo contrário, são apenas expressões do exercício da cidadania, os Policiais Militares não aparecem.
Temos uma opinião que pode até não ser a certa, mas nos parece lógica: a desqualificação profissional.
O Policial Militar desconhece o que pode fazer na busca dos seus direitos.
Não sabe quando as suas ações são absolutamente legais.
É o medo do desconhecimento.
Nós temos certeza que nem na APM D. João VI e nem no CFAP - 31 de Voluntários os novos Oficiais e Soldados recebem instruções a respeito dos direitos e das maneiras de solicitá-los ou cobrá-los.
Não se fala nos 40 da Evaristo.
Não se fala dos Coronéis Barbonos.
Movimentos que sempre foram centrados na legalidade.
Até hoje recebemos comentários críticos no blog, no Facebook e no Twitter de que quando estávamos na ativa não lutamos pela tropa.
Comentários frutos da ignorância, pois eu era Corregedor Interno e os outros Barbonos ocupavam funções também de extrema relevância e ganhávamos todos ótimas gratificações.
É preciso estudar a história das lutas dos Policiais Militares, não apenas a distante participação na guerra do Paraguai e o simpático cão Brutus, mas a história recente e as represálias ilegais impostas pelo governo.
Nós fomos exonerados, perdemos gratificações, fomos presos e quase excluídos, mas estamos vivos e lutando.
Estudar é indispensável para conhecer.
O conhecimento facilita a gestão do medo que todos temos por natureza.
Lembramos que cumprindo uma promessa feita quando escrevíamos nosso primeiro livro, após o sepultamento de um Policial Militar, fomos à APM e ao CFAP para entregar os primeiros exemplares, um para cada turma.
Cerca de meia hora após o início da distribuição gratuita, chegou ao CFAP um esbaforido Comandante, o qual cumprindo ordem oriunda do Comandante Geral recolheu todos os livros que tinham sido doados.
Neste caso, o Comandante Geral expressou outro tipo de medo, o medo da verdade.
Basta de medo!

Juntos Somos Fortes!