O Brasil avança firmemente para a construção de um novo
modelo de gestão pública, a cleptocracia, o governo de ladrões. Isso é um fato,
como as notícias oriundas da imprensa demonstram com clareza solar. Todavia,
isso não significa que todos os nossos governantes sejam ladrões, isso não, tal
interpretação seria uma grande erro, na verdade o momento atual significa que é crescente o número
de criminosos que alcançam o governo, um aumento que não estamos conseguindo
deter pela via dos votos, muito pelo contrário, as urnas eletrônicas parecem ser
a porta de entrada de novos cleptocratas.
No Brasil instalaram-se organizações mafiosas especializadas
em desviar o dinheiro público, o dinheiro que proporcionaria serviços públicos
de boa qualidade na saúde, segurança e educação, garantindo uma melhor
qualidade de vida para o povo. A estrutura básica dessas organizações é composta
por políticos (executivo e legislativo) e empresários, assim como, os prepostos
desses dois grupos, os assessores, os diretores, os intermediários. São eles os elos de ligação,
os mensageiros, os que sujam as mãos diretamente, protegendo os chefes do
flagrante desmoralizante. Felizmente, para nossa sorte, vez por outra, eles
cometem erros, alguns chegam até a trair os chefes, ações que uma interceptação
telefônica e/ou uma câmera podem eternizar e destruir reputações antes ilibadas.
Os políticos e os empresários que integram tais máfias
buscam segurança através da cooptação de membros do Poder Judiciário, do Ministério
Público, das Polícias e da própria
imprensa. Nasce assim uma estrutura mafiosa com raízes ramificadas em todos os
poderes, com tronco e galhos vigorosos que produzem doces frutos, tudo
escondido por densa folhagem.
Infelizmente, tal cenário mafioso é o que temos presenciado
em franco desenvolvimento no Brasil, fertilizado abundantemente pela inércia do
povo, imobilizado pela falta de cidadania, uma decorrência natural da falta de
uma educação pública de boa qualidade.
No meu grupo de familiares e de amigos existem muitos que
estão esperando as Forças Armadas adotarem alguma providência para combater
essas máfias, eles e elas acreditam que mais cedo ou mais tarde os militares
agirão em defesa do dinheiro público, o dinheiro de todos nós.
Sinceramente, não creio que esperar pelos militares seja a
melhor alternativa, penso que temos que agir ordeira e pacificamente para
salvar o país desse câncer que nos consome.
Temos que atuar contra o elo mais fraco dessa corrente, os
políticos, que são destruídos na razão direta da desmoralização pública. A prática
tem demonstrado que os políticos ficam apavorados com a presença do povo nas
ruas, como os Bombeiros Militares demonstraram no Rio de Janeiro. Enquanto o
movimento foi ordeiro e pacífico, o desgaste do governo estadual só aumentava,
dia após dia, mas quando a organização do movimento resolveu estimular as faltas
ao serviço, a entrada não autorizada no Quartel General e o movimento grevista,
a mobilização foi destruída e o governo sorriu.
O povo nas ruas frequentemente protestando é o remédio mais
eficaz contra a cleptocracia galopante e não existe momento melhor para o povo
ocupar as ruas do que o atual, considerando que o mensalão será julgado e que a
CPMI do Cachoeira está em
andamento. O povo deve exigir a punição de todos os políticos
e os empresários (e prepostos) envolvidos nesses escândalos. Não podemos deixar
ninguém escapar.
Vivemos um momento especial para comandar o “meia volta volver”
nos destinos do Brasil, afastando o país desse caminho cleptocrático, tendo em
vista que no período de 13 a 22 de junho de 2012, o
Brasil (O Rio de Janeiro em particular) será visto pelo mundo, ao longo da
Conferência Rio +20.
É hora do povo ir para as ruas, ocupar as praças públicas e
mostrar ao mundo que não compactuamos com os crimes praticados contra o Brasil
e contra as futuras gerações.
É hora de organizar o movimento na sua cidade, uma mobilização
apartidária, começando nas redes sociais e sendo consolidada em reuniões
presenciais.
No dia 13 de junho de 2012 e nos dias subsequentes, temos
que fazer história, o povo precisa dar o primeiro passo ocupando as ruas,
ordeira e pacificamente, dizendo não à cleptocracia e pedindo a condenação de
todos os envolvidos no mensalão e no esquema do Cachoeira (Delta).
Juntos Somos Fortes!
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