O deputado federal Garotinho (PR)
ratificou o ensinamento através da publicação no seu blog de fotografias e de vídeos
retratando viagens para a Europa do governador do Rio de Janeiro, secretários
estaduais, familiares e empresários, causando um estrago imensurável, atingindo
além dos viajantes, o próprio partido (PMDB), a tentativa de reeleição do
Prefeito Eduardo Paes (2012) e os sonhos do vice Pezão em ocupar a cadeira 01
do Palácio Guanabara (2014).
Diante desse quadro político em
convulsão, lembro que existem alguns fatos que ocorreram no passado recente do
Rio de Janeiro, isso na área sensível da segurança pública, que ainda não foram
devidamente esclarecidos e que podem causar novas dores de cabeça ao governo.
Obedecendo a ordem cronológica,
cito três deles:
1) Os contratos de terceirização
da compra e da manutenção das viaturas da Polícia Militar.
Em 2008, os primeiros contratos
foram celebrados entre a secretaria de segurança e a Empresa Júlio Simões
Logística SA (JSL), incluindo tanto a compra, quanto a manutenção básica das
viaturas. Na época eu recebi denúncias quanto ao preço exagerado por viatura e também
cópias de processos de conserto das viaturas. Cada veículo marca VW, modelo Gol
1.6, custaram mais de R$ 110.000,00 (compra + manutenção), pagos em 30 (trinta)
prestações. Lembro que foram centenas de veículos. Eu comuniquei o denunciado
ao Ministério Público que instaurou o Inquérito Civil Público (ICP) número 13662/2009.
A soma do denunciado com o fato dos novos contratos feitos para a renovação da
frota terem sido celebrados com a Empresa CS Brasil Transportes de Passageiros
e Serviços Ambientais Ltda, que segundo a reportagem do Jornal Extra (Leiam a reportagem), tem o grupo Júlio Simões como principal acionista, com 99,4%
(noventa e cinco por cento) do total, pode provocar um grande desgaste
político, sobretudo se for conseguido o andamento do ICP e quanto custa cada
viatura da marca Renault, modelo Logan 1.6 (compra + manutenção). Salvo melhor juízo, isso pode ser interpretado
na prática como uma simples mudança de nome, em face do ICP instaurado. Pode
ser acrescentado ainda o fato de que ao término dos primeiros contratos,
inúmeras viaturas ficaram paradas nos batalhões por falta de manutenção, pois
ocorreu um lapso temporal considerável enquanto não foi celebrado novo
contrato. Essas viaturas seriam as que foram doadas recentemente pelo estado
para diversos municípios, após serem descaracterizadas.
2) A inércia governamental da
área de segurança pública que permitiu que Bombeiros e familiares tomassem o
Quartel General do CBMERJ.
No dia 03 JUN 2011, o governo
estadual não cumpriu o seu dever de ofício (a sua responsabilidade) no sentido
de evitar que os Bombeiros “tomassem” o QG, ao não adotar nenhuma das
providências que deveria desenvolver para impedir, considerando que teve conhecimento
antecipado da intenção de invadir, como noticiou a imprensa fluminense. Todo
desenrolar das ações dos Bombeiros foi filmado por mim (Assistam o vídeo), ficando comprovado que o governo se omitiu por completo, o que facilitou a
invasão. Todos os indícios direcionam para a versão de que o governo optou por
permitir a invasão, isso para usar o ato contra os Bombeiros, como fez
efetivamente o governador em entrevista coletiva. Para azar do governo o
comando da PMERJ optou por retomar o QG com o uso da força (BOPE), provocando
feridos, um morto (uma esposa de Bombeiro que estava no QG passou mal e
abortou) e danos ao patrimônio público. Fiz denúncias em vários órgãos, mas não
tenho conhecimento sobre o desenvolvimento de qualquer investigação, portanto,
podemos estar diante de uma operação abafa. É hora de tirar da gaveta, é tempo
de transparência.
3) A prisão ilegal de Policiais
Militares e Bombeiros Militares em Bangu 1.
No dia 10 FEV 2012, por ordem da
administração estadual, PMs e BMs foram presos e jogados nas solitárias de
Bangu 1, violando o Código de Processo Penal, o Código de Processo Penal
Militar e as leis estatutárias dos PMs e BMs. Hoje não existe mais dúvida de
que não houve determinação judicial para essas prisões ilegais em Bangu 1, que
em tese configuram abuso de autoridade, constrangimento ilegal e tortura física
e psicológica. Os comandantes gerais estão assumindo a responsabilidade pela
ordem, mas isso é impossível, pois nenhum dos dois possui competência para dar
essa ordem ilegal para o secretário de administração penitenciária, que é um
Coronel PM e sabe que a ordem não era legal, portanto, não obedeceria. A conclusão
é lógica: a ordem só pode ter vindo do primeiro andar do governo estadual. Eu
denunciei tudo a diversos órgãos, dentre eles o Ministério Público.
São fatos gravíssimos.
É hora de esclarecer tudo,
momento mais oportuno que o atual não existirá.
Juntos Somos Fortes!
blog sos pmerj:PMERJ estuda fazer ingresso único para soldados e oficiais
ResponderExcluirA Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro estuda inovar no sistema de ingresso de soldados e oficiais na corporação e implantar o acesso único para oficiais e praças.
Assim, todos os policiais precisarão primeiro ser soldados para poderem concorrer a uma vaga no Curso de Formação de Oficiais (CFO). O projeto está em estudo há cerca de três meses por uma comissão formada de coronéis e tenentes-coronéis da PM, nomeada pelo comando da corporação.
Pela nova forma de acesso, a prova inicial para entrar na PM será para soldado, patente mais baixa da hierarquia militar, e o único acesso possível ao oficialato seria por meio de um concurso interno, após tempo ainda (possivelmente três ou cinco anos). Seria criada uma regra de transição para adequar o novo modelo aos atuais oficiais e praças.
Uma vantagem seria que todos os futuros oficiais terão antes passado pela atividade de ponta da corporação. Aprenderiam na prática o lema impresso no prédio principal da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), escola de formação de oficiais do Exército: “Cadetes! Ides comandar, aprendei a obedecer”.
Como consequência do atual grupo de estudo, o concurso de 2012 para oficiais da PM foi suspenso em março, como mostrou nota do Poder Online , e não fará parte do vestibular da Uerj neste ano.
Desde 1920, os alunos passam por três anos de formação em regime de semi-internato, para se formarem como aspirantes a oficial. Os postos do oficialato são, pela ordem crescente, aspirante a oficial, segundo-tenente, primeiro-tenente, capitão, major, tenente-coronel e coronel; os praças são soldado, cabo, terceiro-sargento, segundo-sargento, primeiro-sargento e subtenente.
Temor de crise no oficialato e desestímulo no Corpo de Alunos atual
A nova forma de ingresso na PM seria inovadora nas polícias brasileiras, que seguem o modelo das Forças Armadas – de escolas de formação distintas para oficiais responsáveis por comandar e pela parte estratégica) e praças (executores, parte tática).
A avaliação interna e temor dos próprios integrantes da comissão de estudo é que a nova forma de acesso gere tensões e crise no oficialato – principalmente entre os mais jovens – de uma instituição militar, que prima pela hierarquia e disciplina. Outra preocupação é não desestimular o atual Corpo de Alunos, que entrou pela regra antiga.
Atualmente, 331 alunos estão no Curso de Formação de Oficiais da PM do Rio (64 no primeiro ano, 168 no segundo e 99 no terceiro). Há 44.047 policiais na força, e a meta é chegar a 60 mil profissionais em 2016. Em 2011, houve 11 formaturas, somando 4.190 soldados; em 2012, já foram 2.170 novos PMs incorporados.
A CPMI do Cachoeira receberá todo material relacionado aos envolvidos e o governador do RJ é um deles pelas suas relações com a Delta. Fica a sugestão.
ResponderExcluirOlhe esse video Cel: http://youtu.be/Y-mJs096Ieo
ResponderExcluirD E S G O V E R N O
ResponderExcluirSérgio Cabral está fugindo da imprensa porque não tem como exibir todos os comprovantes de pagamento das despesas de todos os envolvidos nas imagens exibidas.
Basta que os comprovantes sejam apresentados publicamente, sem isso a fala do governador se perderá no tempo sem esclarecer nada. A exibição dos comprovantes é a única solução!
O governador não se aprofundou em detalhes sobre quanto gastou na ida a Paris em setembro de 2009, na qual recebeu, em diárias, em valores da época, R$ 6.384,00, de acordo com a Secretaria da Fazenda.
Bombeiros e Policiais Militares não recebem R$ 6.384,00 de salário, mas Sérgio Cabral Filho (PMDB) gasta esse valor numa única ida à capital francesa.
V E R G O N H A !
Grato pelos comentários.
ResponderExcluirJuntos Somos Fortes!