JORNALISMO INVESTIGATIVO

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quinta-feira, 26 de julho de 2012

GOVERNADOR SÉRGIO CABRAL, OS QUE IRÃO MORRER, TE SAUDAM!


Eu já escrevi sobre o tema, mas os últimos acontecimentos determinam que eu retorne ao assunto e comente novamente que na prática, o governo Sérgio Cabral (PMDB) dividiu a história da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, antes e depois dele. 
O marco dessa divisão é o dia 30 de janeiro de 2008, quando o Coronel PM Ubiratan foi substituído no comando geral da PMERJ pelo Coronel PM Pitta. Uma mudança que foi decidida após a realização da Primeira Marcha Democrática dos Policiais Militares e Bombeiros Militares, fato histórico que aconteceu no dia 27 de janeiro de 2008.
No dia 30, morria uma PMERJ, uma corporação que já era subserviente ao poder político em vários aspectos e nascia uma "nova" PMERJ, uma que passou a viver eternamente de joelhos diante do poder político, uma corporação sem valores, sem ideais, sem visão de futuro, aliás, sem futuro.
Em 2007, os 40 da Evaristo iniciram as lutas nas ruas, a eles se somaram os Coronéis Barbonos. O cerne da luta era a melhoria salarial, mas os Barbonos, pelo menos alguns eles, queriam construir uma Polícia MIlitar forte, capaz de resistir ao cumprimento de ordens políticas que não fossem do interesse da populaçao e da corporação. Ciente dessa verdade, Sérgio Cabral (PMDB) não se limitou a nos exonerar apos a marcha, também nos inativou (aposentou) compulsoria e precocementemente, ele não queria resistência, queria uma corporação manobrável segundo seus interesses pessoais e políticos.
A "nova" Polícia Militar não diz não ao governo, só diz: sim senhor!
Tal comprotamento fez com que os comandantes gerais que sucederam Ubiratan aceitassem esse projeto eleitoreiro das UPPs, mal idealizado e pessimamente operacionalizado. Um projeto que tem uma vítima preferencial: o jovem Policial Militar.
Eu acomponho de perto o sofrimento desses PMs desde 2009, uma série de problemas que começa na própria formação com a falta de instrução, falta de uniformes, alojamentos super povoados e dificuldades até para a alimentação. Isso sem falar no descumprimento de editais, com a colocação de PMs do Interior na Capital. Sofrimento que tem continuidade nos serviços nas UPPs, sem alojamento adequado, sem água potável disponível, sem banheiros e sem uniforme para enfrentar a chuva e o frio. Nem o pagamento das gratificações é regular.
Quem duvidar das minhas afirmações, basta encontrar um PM que trabalha em UPP e entrevistá-lo. 
Pesquisas recentes também dão conta do descontentamento da maioria dos PMs que trabalham nas UPPs.
Eu comuniquei vários desses problemas ao Ministério Público, mas não posso informar o final das investigações.
As UPPs, os super GPAEs, são o martírio dos jovens PMs, mas isso não é importante para a "nova" PMERJ, afinal, a nossa missão é agradar o governador.
Vida longa, governador Sérgio Cabral! Os que irão morrer, te saudam!
Juntos Somos Fortes!

5 comentários:

  1. Segunda maior arrecadação x Menor salário

    O dinheiro público deveria ser utilizado para pagar os profissionais que prestam serviços essenciais à população, como Bombeiros e Policiais Militares. Um Estado que tem a segunda maior arrecadação de impostos do país poderia, ou melhor, deveria pagar aos "heróis sociais" cerca de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) mensais, para cobrir as despesas básicas de sobrevivência, já que o custo de vida no Rio é altíssimo! A insatisfação das tropas da PMERJ e do CBMERJ, por ter o pior salário do Brasil e pelas péssimas condições de trabalho, é evidente!

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  2. O secretário Beltrame, o comandante da PMERJ (Coronel Costa Filho) e o coordenador das UPP's (Coronel Seabra) demonstraram que não se preocupam com a vida dos Policiais Militares. Só quem trabalha em "Operações Táticas" utiliza o equipamento adequado??? Todos os PMs correm risco de morte!!! O PM que presta o serviço convencional corre até mais risco do que o efetivo do BOPE, pelo simples fato de ter o "fator surpresa" contra ele! Como se defender de fuzis com pistolas e coletes que não protegem contra os referidos armamentos? Está tudo errado na segurança pública do Rio de Janeiro!

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  3. Parabens mais uma vez por sua postagem coronel.
    Fiquei procurando uma frase que pudesse ilustrar o episódio da morte de nossa guerreira desde segunda-feira,OS QUE VÃO MORRER TE SAÚDAM,o sr. acertou na mosca.
    Frase que os gladiadores repetiam na arena do COLISEU para os CESARES...infelizmente é a que resume bem a situação da nossa querida PMERJ!!

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  4. Foi muito triste a morte da PM, mas realmente tratou-se de um fato isolado. Os bandidos estão se vendo sem saída e de forma imprevista, atacaram a UPP. Mas não tenho dúvida que o local será reforçado, como já foi dito.

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  5. IMPERDÍVEL!!!! POSTA A ÍNTEGRA PAUL!!!
    26/07/2012
    QUE TAL USAR COM A CRACOLÂNDIA DE SP O MESMO CRITÉRIO COM QUE SE ANALISA A INSTALAÇÃO DE UPPs NO RIO?
    (...)

    VOLTEI:
    Como é mesmo? O objetivo das ocupações de morros e das UPPs, como sabemos, é recuperar território, não acabar com o narcotráfico. O objetivo é devolver alguma normalidade às chamadas “comunidades”, que é como se chama favela em carioquês castiço, e não prender bandidos. José Mariano Beltrame já disse isso algumas vezes, para aplauso e comoção de imprensa e ONGs. Queriam-no candidato ao Prêmio Nobel da Paz (é verdade, não hipérbole!).

    A bandidagem fugiu da Vila Cruzeiro para o Alemão e de lá para as centenas de “comunidades” ainda não pacificadas. Uma parte foi, por exemplo, para a Niterói, o que fez explodir os índices de criminalidade na cidade. Aguardo, claro, a resposta ao que vou indagar agora: por que a dispersão de bandidos é considerada o aspecto inevitável do fato virtuoso — devolver à população uma área da cidade —, mas a dispersão dos viciados é, em si, um mal e prova do insucesso do retomada da Cracolândia? Algum bom argumento? Aguardo.

    “AH, MAS SÃO COISAS MUITO DIFERENTES!” São, sim! Não há lei que impeça a polícia de prender os traficantes. Aliás, a lei impõe que prenda. Já os viciados da cracolândia são protegidos. Não podem ser presos. Temos uma lei antidrogas que o impede. Se depender da turma do “É Preciso Mudar”, eles serão intocáveis
    LEIA:
    http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/que-tal-usar-com-a-cracolandia-de-sp-o-mesmo-criterio-com-que-se-analisa-a-instalacao-de-upps-no-rio/

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