10 PMs MORTOS - QUEM VAI PARAR CABRAL E BELTRAME?

Prezados leitores, o Brasil é um país de carências, isso não é novidade para ninguém.

O povo padece com carências múltiplas, a começar pelos caóticos serviços públicos.

A falta de uma educação pública de boa qualidade, por exemplo, afasta milhões e milhões de brasileiros da cidadania plena. 

Quem não é verdadeiramente cidadão, não consegue exercer os seus direitos, sobretudo o direito de cobrar dos nossos governantes.

Quem não é cidadão não tem a capacidade de aprender que a construção de uma democracia sólida se faz em escolas de qualidade e não através de urnas que são alvos de inúmeras denúncias quanto a sua confiabilidade.

Quem não é cidadão acha que saúde pública se faz com estádios de futebol e não com hospitais.

Apartado da cidadania o povo não consegue se organizar para lutar pelos seus direitos e acaba sendo manipulado por parte da imprensa que só tem olhos para o lucro e que para obtê-lo se afasta do seu dever social de informar a verdade dos fatos ao povo.

O brasileiro não aprendeu a cobrar seus direitos e isso é ótimo para os maus governantes.

Nós temos que aprender a cobrar, que tal começarmos a cobrar os direitos dos Policiais Militares que trabalham em UPPs?

Policiais Militares não são feitos para morrer, aprendam isso.

As Polícias Militares não são compostas por suicidas que escolheram essa profissão para um dia serem assassinados por criminosos.

Nós escolhemos a Polícia Militar para servir e proteger a população, inclusive com o risco de nossas vidas, mas isso não dá direito aos governantes de nos exporem a riscos de morte desnecessariamente.

A morte de um Policial Militar ou Civil em serviço deve ser algo raríssimo, pois todas as ações policiais devem ser planejadas para evitar a morte, eis o mandamento, eis a cláusula pétrea que deve reger todo planejamento.

Se existe o risco de morte do Policial e/ou de algum outro cidadão, a ação deve ser adiada e o planejamento deve ser refeito.

Infelizmente, por razões eleitorais, o governo Sérgio Cabral está expondo ao risco de morte milhares de Policiais Militares, quando os coloca sem as mínimas condições de segurança em comunidades carentes, infestadas de traficantes fortemente armados.

Policiais Militares não são feitos para morrer, aprendam isso.

A prova incontestável dessa verdade é o fato que desde a implantação das UPPs, isso em dezembro de 2008, 10 (dez) Policiais Militares foram assassinados quando estavam de serviço nas comunidades "pacificadas".

Isso é uma tragédia.

Em nenhum país civilizado as UPPs continuariam a ser implantadas com esse número de Policiais assassinados.

A morte dos Policiais Militares demonstra que o projeto contém erros gravíssimos em termos de operacionalização.

A pergunta que surge nesse ponto é:

- Quantos Policiais Militares terão que ser assassinados em UPPs para que alguém pare Cabral e Beltrame?

Cem?

Mil?

Nós denunciamos os erros do projeto desde o início de sua implantação.

Demonstramos, inclusive através de vídeos, a total falta de infra-estrutura.

Denunciamos ao Ministério Público, fizemos a nossa parte.

A imprensa noticiou diversas vezes a falência do Curso de Formação de Soldados após o governo ter transformado o nosso Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças em uma "fábrica de PMs".

Isso sem falar na formação que voltou a ser feita em Batalhões Operacionais, uma experiência que nunca deu certo na Polícia Militar e que voltou com o governo Cabral.

Em apertada síntese, o governo forma mal os Policiais Militares e os joga diretamente nas comunidades sem qualquer experiência prática. Mal formado e inexperiente, o jovem PM tem sido presa fácil para os traficantes de drogas.

Prezados leitores, em nenhum país civilizado se aceita a convivência entre traficantes de drogas e Policiais, como ocorre nas comunidades ocupadas, onde a área é divida em duas partes: a parte onde os Policiais Militares podem circular e a parte que se circularem são recebidos por tiros de fuzil. Eis a verdade.

Ninguém contesta que ocupar comunidades carentes era necessário, mas ocupar tem que significar dominar e dominar significa prender os traficantes, apreender armas e parar o comércio de drogas. Após essas providências, ocupar definitivamente implantando o policiamento ostensivo com Policiais Militares bem treinados e com as adequadas condições de trabalho. É isso!

O que Cabral e Beltrame estão fazendo é dar sequência a um projeto eleitoral e para que isso acontecesse não poderiam ocorrer confrontos durante as ocupações, para isso eles avisavam antes para que parte dos traficantes deixassem o local e migrassem para outros bairros e municípios.

São os traficantes residuais, os que ficaram, que estão matando os Policiais Militares. Isso é óbvio.

A imprensa pró-governo ainda aplaudiu tamanho absurdo, destacando nas manchetes as ocupações exitosas pois "nenhum tiro foi disparado". A imprensa foi cúmplice e tem sua parcela de culpa na morte desses 10 (dez) Policiais Militares.

Quem vai parar Cabral e Beltrame?

Eles que já correram para implantar UPPs na Baixada e em Niterói em busca dos votos.

Exatamente como avisamos nesse espaço democrático que eles fariam em 2014, ano eleitoral.

Jogaram os traficantes do município do Rio de Janeiro para a Baixada e para Niterói nesses últimos anos impiedosamente, mas agora precisam dos votos para o Pezão.

Quem vai pará-los?

Quem vai puxar o freio de mão do projeto de implantação de UPPs para que seja inteiramente reformulado?

Quem vai parar os assassinatos de Policiais Militares?

O governo federal?

Afinal, a presidente Dilma apoia o projeto.

As Forças Armadas?

Afinal, somos forças auxiliares.

O Ministério Público?

Afinal, o MP é o fiscal da lei.

A OAB?

Afinal, alguém tem que garantir os direitos dos Policiais Militares.

Os Órgãos de Direitos Humanos?

Afinal, PMs são seres humanos, aprendam isso, não somos números.

Alguém tem que parar a implantação de UPPs, antes que mais Policiais Militares sejam assassinados.

Nós estamos avisando isso há anos...

Juntos Somos Fortes!