JORNALISMO INVESTIGATIVO

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domingo, 10 de julho de 2016

O ESCÂNDALO DO BRASILEIRÃO 2013 - TRÊS FATOS SEM RESPOSTA ATÉ HOJE



Prezados leitores, o Brasileirão 2016 segue o seu curso com times lutando pelo título, por uma vaga na Libertadores, para não cair para a série B e a maior parte apenas fazendo figuração.
Enquanto o atual Brasileirão avança, nós estamos tentando obter cópia das investigações procedidas pelo GAECO do Ministério Público de São Paulo, autos arquivados no final do ano passado, sem dar publicidade as respostas que todos aguardamos há três anos.
Na última rodada do Brasileirão 2013 alguns fatos insólitos ocorreram e podem ter influenciado diretamente na classificação final do campeonato, inclusive sobre os clubes rebaixados.
O primeiro fato, amplamente comprovado, ocorreu no dia 7 de dezembro de 2013 (sábado), quando o Flamengo cometeu um erro administrativo e escalou irregularmente o jogador André Santos que estava suspenso e impedido de jogar. Tal erro resultaria em uma punição ao clube com a perda de pontos, como ocorreu em todos os níveis de julgamento no âmbito esportivo.
O segundo fato, igualmente comprovado, foi a denominada "amnésia coletiva" da imprensa esportiva brasileira, que de forma inexplicável não noticiou o erro do Flamengo e as consequências, nos dias 7 e 8 de dezembro, antes dos jogos de domino. Tal comportamento da imprensa foi de encontro a própria natureza do jornalismo, que busca o furo incessantemente. Por que ninguém noticiou o maior furo do Brasileirão 2013, o qual envolvia o Flamengo, clube de maior torcida no país. Não existe explicação palatável para a amnésia.
O terceiro fato, talvez o foco da investigação do GAECO, foi a escalação do jogador Héverton pela Portuguesa, isso no domingo dia 8 de dezembro. Fato que acabaria salvando o Flamengo e causando o rebaixamento da Portuguesa, após os julgamentos e as perdas de pontos de ambos os clubes.
Não sabemos ainda como as investigações do GAECO se desenvolveram, quais os caminhos que foram trilhados na busca da verdade, algo que ainda não revelado.
Vale lembrar que as investigações do GAECO podem ter concluído que as duas escalações foram mera coincidência, mas nem isso foi divulgado.
Aliás, o próprio arquivamento das investigações não teve divulgação.
Nós sempre defendemos que as investigações deveriam ter como ponto inicial o segundo fato:o silêncio da imprensa.
Isso fugiu completamente da normalidade.
O que constitui indício de que algo (ou alguém) alterou o comportamento natural da imprensa esportiva.
A alteração é evidente e está comprovada, o que falta apurar é o que levou a promoção de tal modificação tão grande na atividade jornalística.
Nós estamos fazendo tudo que é possível para obtermos uma cópia da investigação.
Só conhecendo seu conteúdo poderemos solicitar o desarquivamento, caso exista algum fato que não foi investigado, ou seja, um fato novo para os autos.
O importante é que tudo seja devidamente esclarecido.
O silêncio não pode ser a resposta, nem o fundo de um arquivo o lugar da verdade.

Juntos Somos Fortes!

7 comentários:

  1. Boa tarde, Coronel Paúl.

    Imagino alguns motivos pelos quais o MP/SP não divulga nada sobre o caso Héverton, nem libera o processo dito arquivado, desobedecendo a lei que obriga a divulgação de inquéritos encerrados:

    1) Na verdade, ainda estaria em curso uma investigação e eles querem continuar mantendo em sigilo. Penso nessa hipótese por causa da atual Operação Game Over, da Polícia Civil de São Paulo, que está desbaratando a máfia de apostas pela Internet, além das investigações remanescentes sobre corrupção na FIFA e na CBF.

    Na operação sobre apostas foram detectados crimes em jogos de menor expressão, mas Vasco e Botafogo já foram flagrados no esquema, o que leva a crer que os bandidos também devem ter aliciado times e jogadores da série A do campeonato brasileiro.

    A quantidade de dinheiro que rola no mundo das apostas, R$ 4,8 trilhões em 2015, e a facilidade de depósito desse dinheiro em contas no exterior, abre uma boa possibilidade de que essa hipótese seja verdadeira.

    2) Descaso com o assunto, já que a resolução do caso Héverton afetaria pesadamente um clube tradicional paulista, a Portuguesa, e puniria um clube carioca, o flamengo.

    Na opinião do MP/SP seria melhor deixar como está, para não prejudicar ainda mais aquele clube querido de São Paulo, com ligações estabelecidas com a comunidade e que está muito coitadinho.

    Cabe aqui lembrar que o promotor afastado do caso, Roberto Senise, foi homenageado na Câmara Municipal pela comunidade portuguesa, no auge das investigações do caso Héverton.

    3) Inocência de não perceber a clara manobra que salvou o flamengo da segundona, usando a Portuguesa como anteparo, sendo que esta ainda achava que tinha chance no tribunal, já que foi ajudada na corte pelo próprio advogado do flamengo, principal interessado na sua vaga, numa escandalosa aberração jurídica.

    Só alguém muito inocente não perceberia que a atitude do flamengo no tribunal foi o cumprimento de acordo prévio de suporte jurídico, além de outras vantagens.

    4) Incompetência de não conseguir localizar nas movimentações bancárias, divulgadas por jornalistas, em contas no Pará e no Uruguai, provas da movimentação do dinheiro da corrupção.

    Por não ter quebrado sigilos telefônicos, fiscais e bancários dos suspeitos no caso.

    Por não ter investigado quem viajou de avião do Rio de Janeiro para São Paulo (e vice-versa) nos dias seguintes à escalação do jogador André Santos do flamengo.

    Por ter colhido de forma tão pouco profissional o depoimento do principal suspeito de envolvimento no caso, o Héverton. Foi por carta precatória, bem longe, no Pará.

    Por não ter colhido depoimentos de outros suspeitos no caso, como os dirigentes do flamengo, e do ex-jogador Gilberto da Portuguesa.

    5) Má-fé.

    As quatro últimas hipóteses e o fato de estar negando o acesso ao inquérito configuram prevaricação por parte do MP/SP, que significa faltar, por interesse ou má-fé, aos deveres de seu cargo, além de abusar do exercício de suas funções, cometendo injustiças ou causando prejuízos.

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  2. Coronel Paúl, esqueci de incluir no item Incompetência, o fato do MP/SP não ter perguntado aos jornalistas que cobriram o jogo flamengo x Cruzeiro o motivo pelo qual eles não publicaram a notícia bomba da década:

    “flamengo escala André Santos sem condições de jogo, pode perder quatro pontos e corre o risco de ser rebaixado para a 2ª divisão”.

    Uma notícia dessas encheria os jornais, sites, rádios e TVs de grana e audiência, principalmente no domingo, dia derradeiro da competição.

    Não publicar a notícia bomba fez com que toda a mídia esportiva perdesse muito, muito dinheiro.

    Ou seja, além de "amnésia coletiva" bateu também uma "burrice coletiva" no jornalismo esportivo brasileiro?

    Os fatos, esses chatos!

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  3. Coronel Paúl e Fábio.
    Tem que saber por que não interrogaram os jornalistas que disseram conhecer alguma coisa sobre o assunto, como Felipe Andreoli, Portuga e Osvaldo Pascoal (o da bomba que sacudiria o futebol carioca).
    Tem também o maestro João Carlos Martins, torcedor símbolo da Portuguesa, que descobriu muita coisa depois que o FlaLusagate aconteceu.

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  4. O mais intrigante nisso tudo é que o arranjo dos 18 clubes que jogaram no domingo, aquele que cometeu o mesmo erro de escalar um jogador irregular, no caso a Portuguesa, era um dos clubes que se punido com a perda dos pontos salvaria o Flamengo do possível rebaixamento.

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  5. Outro fato intrigante foi o fato do super hiper advogado do Fluminense não ter tentado demonstrar em nenhum momento que o embate jurídico era entre o Flamengo e a Portuguesa.

    Ou ter colocado em cheque o FARSANTE imbróglio entre Fluminense e Portuguesa. Isto porque, desde o momento em que o Flamengo cometeu o erro de escalar o jogador André Santos de forma irregular, COM O RESULTADO DE FLU X BAHIA, o Fluminense estaria salvo pelo erro do Flamengo. Quem salvaria o Flamengo da escapada seria a irregularidade da Portuguesa.

    Ora, se o advogado do Fluminense não se deu ao trabalho de expor essa defesa institucional que livraria a suposta culpa do clube que ele defende, é sinal de que na realidade ele estava protegendo o Flamengo, fazendo parte de uma grande encenação.

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  6. O jogador Héverton estava concentrado para o jogo, ou foi chamado domingo pela manhã ?
    Espero q um dia a verdade apareça !

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  7. Não houve concentração naquele fim de semana, porque a Lusa não tinha dinheiro e até devia salário pros jogadores.

    Certo que os caras iam ficar revoltados vendo o clube gastar o pouco dinheiro com hotel, alimentação e bebida, deixando todo mundo preso num sábado à noite, sendo que o time já tinha se livrado do rebaixamento.

    Mesmo assim, se houve concentração e o Héverton estava nela, isso não prova nada porque tem time que concentra jogador mesmo ele suspenso, pra não incentivar alguém querer levar cartão.

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