JORNALISMO INVESTIGATIVO

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terça-feira, 21 de março de 2017

RIO: FACÇÃO CRIMINOSA DETERMINA CONTINUIDADE DO HORÁRIO DFE VERÃO EM PRESÍDIOS

Prezados leitores, isso é inacreditável.
Se a denúncia for confirmada, a desmoralização será completa.




"Tribuna Penitenciária
segunda-feira, 20 de março de 2017
FACÇÃO CRIMINOSA NO RIO, DETERMINA CONTINUIDADE DO HORÁRIO DE VERÃO NAS CADEIAS DOMINADAS PELO CV.!!!!! 
"Senhores (as), cada vez mais a secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro vem abrindo as pernas para as organizações criminosa nos presídios em Bangu. 
As visitas das unidades prisionais do COMANDO VERMELHO, tiveram o horário de visita estendida até as 17 hs. Um absurdo! Pois penaliza os servidores e fragiliza a segurança, considerando que já não há mais o horário de verão. Logo escurece mais cedo. o confere se realiza mais tarde e os visitantes circulando no complexo até as 17:30 hrs. O que ouvimos como resposta quando questionado o porquê de tal aberração, recebemos como resposta que Teria sido feito um acordo devido à paralisação de dois dias devido ao movimento grevista realizado recentemente. Um verdadeiro absurdo! E o pior.... agora quero ver voltar ao horário normal!!!! E quando as outras facções souberem? Com certeza irão querer gozar da mesma regalia, fragilizando ainda mais a segurança do complexo de Gercino (Leiam mais)". 

Juntos Somos Fortes!

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

GRAVÍSSIMA MENSAGEM CIRCULA NAS REDES SOCIAIS CITANDO OFICIAIS PM



Prezados leitores, a Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar e os demais órgãos da comunidade de inteligência do estado do Rio de Janeiro, acompanham o publicado em sites, blogs, Facebook, Twitter, Whats App e outras ferramentas das redes sociais.
Portanto, não podemos considerar que uma denúncia tão grave que começou a circular ontem, ainda não tenha chegado ao conhecimento da área.
Nela é feita menção a invasão à Cidade Alta, fato que teve enorme repercussão na imprensa.
Na mensagem consta que a facção criminosa CV tentou retomar as bocas de fumo que estavam em poder da facção TCP.
Até aí nada de novo, mas o denunciante anônimo faz graves denúncias, repleta de detalhes sobre Oficiais.
O Comando Geral da PMERJ já deve ter determinado a apuração dos fatos, tendo em vista que embora a denúncia seja anônima, ela não pode ser desprezada.
Não reproduziremos a denunciar para não atrapalhar as investigações e para preservar os envolvidos enquanto as investigações se desenvolvem.

Juntos Somos Fortes!


quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

COMANDO VERMELHO ATACA AGENTES PENITENCIÁRIOS EM JAPERI

Prezados leitores, a violência está fora de controle no Rio de Janeiro.  



"Portal Queimados
Comando Vermelho ataca agentes penitenciários em Japeri 
janeiro 9, 2017 
Agentes penitenciários de Japeri, que vêm sendo atacados e ameaçados por bandidos do Comando Vermelho, se reuniram nesta segunda, 09/01, pela manhã, no pátio da administração da Casa de Custódia Cotrim Neto, no Complexo Penitenciário daquele município, para anunciarem que, se não for providenciado um esquema de segurança para chegarem e saírem do trabalho, eles vão entrar em greve. 
Participou da reunião o Presidente do Sindicato da categoria, Gutembergue de Oliveira, a quem relataram o drama que estão vivendo, com as abordagens constantes dos bandidos do CV, e solicitaram sua intermediação junto às autoridades para solução do problema. 
Há cerca de seis meses,a os bandidos começaram a constranger os agentes penitenciários, parando seus carros no trajeto para a penitenciária e se colocando como ‘donos’ da área. Pararam inclusive o Coordenador dos presídios e o prefeito da cidade Carlos Moraes. 
A cada dia que passa, eles vêm se tornando mais e mais ousados. Ultimamente têm passado em comboios em frente ao complexo ostentando armamento pesado e passaram a fazer ataques diretos aos trabalhadores dos presídios. 
Na quinta-feira passada, 05/01, roubaram o carro do agente penitenciário Reginaldo Gonçalves, em frente ao campo do Alecrim, que fica a 500m do Complexo. Disseram que iriam levar o veículo para socorrer um de seus companheiros. Reginaldo conseguiu recuperar o carro, abandonado no Centro de Engenheiro Pedreira, na manhã do dia seguinte, 06/01 (Leiam mais)".

Juntos Somos Fortes!

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

"CHACINA" - MIRANDA DE SÁ

Prezados leitores, transcrevemos artigo do escritor Miranda de Sá.





"Blog do Miranda Sá
janeiro 8, 2017 
CHACINA 
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br) 
Me dê seis horas para matar um vampiro e eu passarei quatro horas afiando meu machado”. (Abraham Lincoln – Caçador de Vampiros) 
“Chacina” é um substantivo feminino, originário do latim vulgar “siccina” (seca) referindo-se à carne seca. Nas línguas neolatinas refere-se ao ato ou efeito de matança, massacre; ação de matar muitas pessoas ao mesmo tempo de modo cruel. A referência latina lembrava a cena sanguinária do abate dos animais, fazendo com que a palavra chacina passasse a ser utilizada para classificar este tipo de crime sempre violento, uma forma de assassinato cruel e brutal. 
Tivemos repercutidas na imprensa duas chocantes chacinas ocorridas no Brasil; no Rio de Janeiro a Chacina da Candelária que abateu oito adolescentes sem-teto, e em São Paulo, a Chacina do Carandiru ocorrido na Casa de Detenção onde uma intervenção para controlar uma rebelião de presos acabou matando 111 detentos. 
Agora tivemos duas chacinas igualmente graves no âmbito presidiário, acerto de contas entre quadrilhas ligadas ao narcotráfico. A primeira ocorreu no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, de Manaus, Amazonas, que resultou na morte de 56 detentos. 
Constrangeu a visão de corpos literalmente “destroçados”, desmembrados, decapitados e cortados aos pedaços. Esta chacina foi comandada pela quadrilha “Família do Norte” que tem o domínio da “rota do Solimões”, responsável por escoar a droga traficada pelas FARC e outras conexões no Peru e na Bolívia. 
Os alvos foram integrantes de outro bando criminoso, o Primeiro Comando da Capital, facção paulista que vem atuando no Amazonas. 
O segundo massacre foi uma retaliação do PCC em relação à Família do Norte, também relacionado com a disputa entre os bandidos das duas facções. Aconteceu na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, em Boa Vista (Roraima) onde os malfeitores paulistas mataram 31 presos, esquartejados, decapitados e alguns com o coração arrancado. 
Em Roraima, os bandidos tiveram o requinte de filmar as execuções e distribuir o vídeo pelo WhatsApp. Segundo o delegado-geral em exercício de Roraima, Marcos Lázaro, os mortos haviam rompido com o PCC e queriam criar uma facção local. 
Diante desta situação macabra e revoltante, somos obrigados a constatar a total falência do Estado Brasileiro em relação à segurança pública. É mais uma herança maldita da Era Lulopetista que facilitou a atuação das organizações criminosas como o próprio partido no poder. 
É também de reconhecer a incompetência das autoridades neste campo, no governo Temer. O atual ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, negou a existência de guerra de facções e descontrole no seu setor. Isto é desmentido pelos fatos e pela negativa em atender a governadora Suely Campos que anteriormente havia lhe solicitado uma intervenção no Estado. 
A negativa do Ministro sobre a ação de organizações criminosas nos presídios é hilária, principalmente partindo de um ex-advogado atuante na área, e de haver se esquivado lamentavelmente em relação ao pedido de ajuda de Roraima. 
Em compensação, no meio à grande contradição que é o governo Temer, tivemos o secretário nacional de Juventude, Bruno Júlio, sem noção de sua responsabilidade enquanto ocupante de um cargo ligado ao Presidente, com uma entrevista de caráter pessoal, que nos leva a meditar sobre a realidade do banditismo atuante sem freios. 
Disse Bruno que “tinham que ter matado mais presos e que deveria haver uma chacina entre criminosos por semana”. Este pensamento deve ser refletido pela sociedade. 
Não favoravelmente aos assassinatos entre bandidos, claro, mas diante da realidade onde a política penitenciária paga de R$ 2.600,00 a RS 4.300,00 por preso – muito mais do que por aluno nas escolas públicas -, e vigora um auxilio reclusão de RS 1.285,00, um terço superior ao salário-mínimo (Fonte)". 

Juntos Somos Fortes!

domingo, 8 de janeiro de 2017

COMPLEXO PENITENCIÁRIO DE BANGU - AUMENTA TENSÃO ENTRE CRIMINOSOS

Prezados leitores, a crise econômica provocada pelos governos Cabral-Pezão e Pezão-Dornelles está também aumentando a tensão entre os criminosos do Complexo Penitenciário de Bangu.




"Site G1
No calor do Rio, falta de água em presídios aumenta a tensão entre criminosos
Presos são transferidos para evitar rebelião, diz defensoria; governo não comenta, mas confirma falha no abastecimento. 
Por Marco Antônio Martins, G1 Rio
08/01/2017 05h50 Atualizado há 7 horas
A falta água no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio. O problema iniciado em 27 de dezembro passado, aliado ao calor do verão carioca que ultrapassa os 40 graus, aumentou a tensão entre os quase 50 mil detentos das 21 unidades prisionais da região. O clima ficou ainda mais pesado com o pedido de advogados de uma facção criminosa para que os milicianos e policiais presos que dividem a Penitenciária Lemos de Brito (Bangu 6) com os traficantes sejam transferidos para outra prisão, deixando a cadeia apenas para os integrantes do tráfico (Assistam a reportagem)". 

Juntos Somos Fortes!

COMPLEXO PENITENCIÁRIO DE BANGU - TIROTEIO APAVORA VISITANTES

Prezados leitores, o Rio de Janeiro está acéfalo.



"Jornal O Dia
Tiroteio em favela próxima a Complexo de Bangu assusta visitantes
Assessoria de imprensa da Polícia Militar informou que o 14º BPM (Bangu) não foi acionado por causa de disparos de arma de fogo durante a manhã na região do complexo penitenciário.
Não havia movimento de carros de polícia na região
08/01/2017 13:50:25
ESTADÃO CONTEÚDO
Rio - Um intenso tiroteio nesta manhã de domingo em favelas próximas à entrada do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, assustou familiares de detentos que aguardavam para a visita. A reportagem presenciou pelo menos três sequências de tiros, por volta das 11h30. 
O agente penitenciário que tomava conta da guarita da entrada chegou a mandar os familiares dos presos se abrigarem e saírem do local de triagem externa do complexo penitenciário, que fica próximo à cancela que controla o acesso de veículos (Leiam mais)". 

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REVISTA ISTO É - TRÁFICO DE DROGAS - OS DONOS DO CRIME

Prezados leitores, leiam e entendam a gravidade da situação que estamos vivenciando no Brasil.




"Revista Isto É 
Os donos do crime
Quem são e como se organizam os chefes das facções criminosas que controlam os complexos penitenciários brasileiros e ameaçam levar uma guerra sangrenta para as ruas do País
6 de janeiro de 2017
Eles espalham terror, impõem sua lei nos presídios e têm poder semelhante aos grandes grupos de mafiosos. Ao longo dos últimos trinta anos, se tornaram conhecidos e temidos pela população brasileira. As facções criminosas Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC) cresceram em importância não só nos estados onde surgiram, mas em todo o País. As atividades dos grupos, inicialmente concentradas nos complexos prisionais, venceram as muralhas das penitenciárias e ganharam as ruas em ações cinematográficas. Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, à frente do CV, e Marcos Willians Hermes Camacho, o Marcola, à frente do PCC, se tornaram homens procurados internacionalmente e ganharam notoriedade continental. Nem o mais pessimista especialista em segurança pública poderia prever tamanha expansão desse tipo de organização criminosa. Expansão esta que só tende a crescer, ancorada na omissão do Estado. 
Na semana passada, o Brasil foi apresentado, de forma traumática, a mais uma representante desta seara podre da sociedade brasileira . A “Família do Norte”, conhecida pela sigla FDN, dominou o noticiário nacional e internacional depois de comandar a execução de 56 presos ligados ao PCC durante rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, no Amazonas (leia reportagem na página 56). Foi o maior massacre dentro de uma prisão desde 1992, quando a Casa de Detenção de São Paulo, conhecida como Carandiru, foi invadida durante uma briga e 111 detentos foram mortos. Em vídeo feito por um detento na parte interna do Compaj, entre corpos decapitados e muito sangue, vê-se uma bandeira da organização criminosa. “É FDN que comanda, porra!”, desafia o preso que empunha a flâmula, sem se preocupar em esconder o rosto. 
A FORÇA DA FACÇÃO 
A FDN surgiu em 2006 da aliança entre dois ex-rivais do mundo do tráfico de Manaus. José Roberto Fernandes Barbosa, conhecido como “Compensa”, controlava a venda de drogas na região Oeste da cidade, enquanto Gelson Carnaúba, o “G”, dominava a região Sul. Presos, ambos cumpriram pena em presídios federais, onde tiveram contato com membros do CV e do PCC, e de lá voltaram determinados (ou orientados), segundo a Polícia Federal, a estruturarem uma operação nos moldes das facções do eixo Rio-São Paulo. Não demorou para o negócio decolar. 
Em pouco tempo, a dupla dominou quase toda a rota “Solimões”, na região da fronteira entre Brasil, Peru e Colômbia, e passou a escoar grandes quantidades de cocaína para vender em Manaus, distribuir pelo Brasil e exportar para a Europa. Já em 2006, Barbosa aparece em vídeo durante sua própria festa de aniversário, organizada para mais de duzentos convidados, em um luxuoso buffet de Manaus. Durante os parabéns, é visto rodeado por amigos em cerimônia que lembra o beija-mão dos mafiosos italianos. Cada convidado que o abraça entrega uma joia de ouro – seja anel, pulseira, relógio ou colar. Sorridente, o criminoso bate palma e posa para foto. Também em 2006, Barbosa funda o “Compensão”, time de futebol que viria a se tornar uma das mais populares equipes amazonenses na categoria “amador”. Pesadamente financiado, o time foi campeão duas vezes em sua categoria e até hoje amedronta adversários, que dizem temer as ameaças que frequentemente vêm das arquibancadas. 
Mesmo com a detenção de Barbosa, em setembro de 2009, a arrecadação da FDN continuou a crescer. Os negócios nessa época iam tão bem que os cerca de R$ 1 milhão em receita mensal passou a bancar não só a operação do grupo, mas também os honorários de um time de nove advogados dedicados exclusivamente ao bando. À época, Barbosa e seus comparsas já respondiam por crimes como evasão de divisas, tortura, sequestro, lavagem de dinheiro, homicídio, corrupção de autoridades, e tráfico internacional de drogas e armas. Mas foi a partir do momento em que Barbosa foi preso que a FDN deslanchou. Na cadeia, mas com mordomias (leia quadro), sem muito o que fazer e protegido por seus aliados, o traficante pôde se dedicar aos negócios. Foi com Barbosa detido que a facção colocou no ar seu sistema digital de compra e venda de drogas e de monitoramento das ruas do tráfico. Foi também nesse período que reformulou o processo de seleção de novos membros. Agora, os integrantes devem passar por uma rigorosa peneira com participação de filiados de vários escalões. 
PROFISSIONAIS 
Atualmente, a FDN é a terceira maior facção criminosa do País. O grupo nunca escondeu que, nesse esforço organizacional, suas inspirações foram o Comando Vermelho (CV) e, fundamentalmente, o Primeiro Comando da Capital (PCC), hoje seu maior rival. No Brasil, não há exemplo maior de estruturação e planejamento do crime do que o PCC. Criado em 1993 no Anexo da Casa de Custódia de Taubaté, a 130km de São Paulo, o grupo surgiu com estatuto próprio e missão clara: “combater a opressão dentro do sistema prisional paulista”. Os anos se passaram e a missão parece se resumir a ganhar dinheiro. A facção tem hoje mais de 22 mil membros espalhados por praticamente todos os estados do País (leia quadro). À frente da potência que virou o PCC está Marcos Willians Hermes Camacho, o Marcola. Preso por roubo a bancos desde 1999, ele comanda com mão de ferro a estrutura fortemente hierarquizada que é a facção. 
Com Marcola, o PCC expandiu e diversificou seus negócios, tidos como muito dependentes do tráfico de drogas até o final dos anos 1990. Hoje, sabe-se que possui times de futebol na Zona Leste de São Paulo. Também é proprietário de companhias de ônibus, forma advogados e teria feito um prefeito na Grande São Paulo. É dono de uma refinaria clandestina em Boituva, no interior de São Paulo, que, durante anos, desviou óleo da Petrobras, o refinou e o revendeu em uma rede de postos de gasolina, também de sua propriedade. E ajuda a operacionalizar a ocupação de terras na região metropolitana de São Paulo para depois exigir 25% das habitações construídas nos terrenos invadidos. Os imóveis são mais tarde entregues às famílias de detentos que estão desamparados (Leiam mais)". 

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sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

O ANTAGONISTA: O PAI DA FDN, PCC E CV

Prezados leitores, um artigo muito interessante sobre o tráfico de drogas.





 "O Antagonista
06 de Janeiro de 2017 
O pai da FDN, PCC e CV 
Por Mario Sabino
Depois da carnificina no presídio do Amazonas, eis que ocorre o banho de sangue na prisão de Roraima, com trinta presos decapitados e alguns deles com o coração arrancado. A barbaridade não deve parar por aí, uma vez que a guerra entre a Família do Norte (FDN) e Primeiro Comando da Capital (PCC) foi declarada. 
Eu não fazia ideia da existência de uma facção chamada Família do Norte. Comando Vermelho, do Rio, e Primeiro Comando da Capital, de São Paulo, são sobejamente conhecidos. Como sou paulistano, o PCC faz, de certo modo, parte da minha vida cotidiana. Eles conseguiram parar São Paulo em 2006, por meio de uma série de atentados simultâneos, e dominam os presídios do estado. Conheço uma senhora cujo enteado foi preso por traficar drogas leves. Ela foi extorquida pelo PCC para que o rapaz não fosse surrado e estuprado na prisão. A periferia de São Paulo e até bairros centrais da cidade são o mercado do PCC; as penitenciárias do estado são os seus spas. Num desses spas de segurança máxima (para os bandidos), está hospedado Marcola, o Duce dessa gente. A administração estadual finge que não vê; o PCC finge que a administração estadual existe. 
As facções prosperam num país governado, até pouco tempo atrás, por uma organização criminosa, segundo a definição do Ministério Público Federal. Ainda há criminosos dessa organização encastelados em Brasília. Depois da carnificina no Amazonas, O Antagonista descobriu que presídios ocupados (esse é o termo mais apropriado) por FDN, PCC e CV foram "concedidos a empresas privadas — que, em troca de dinheiro público destinado ao sistema prisional, financiam campanhas de políticos. Como se vê, há ainda o PCCF, Primeiro Comando da Capital Federal. 
Diante das carnificinas nos presídios, há quem ache que é melhor que esses monstros se matem uns aos outros. Trata-se de uma sequela da política de direitos humanos de viés esquerdista, muito em voga nos anos 80 e 90, que dava mais atenção aos bandidos do que aos cidadãos de bem. A sequela é ainda explorada por populistas que querem o voto dos cidadãos de bem. Eu acho um horror qualquer carnificina. Não penso que se deva ser leniente com bandidos, mas sei que o Estado incapaz de garantir segurança, saúde e educação a todos é o mesmo que entrega presídios a facções criminosas (e os “concede a empresas privadas” que financiam políticos). É o mesmo que subverte a noção primeira de Estado como detentor do monopólio da força. 
A Família do Norte, o Primeiro Comando da Capital e o Comando Vermelho nasceram de um Estado que, para além de corrupto, é incompetente, frouxo, desproporcional e comandado por gente desqualificada. A nossa tragédia tem expressões múltiplas, que podem ser mais ou menos sangrentas, mas ela é uma só (Leiam mais)". 

Juntos Somos Fortes!