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terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

MORTE CEREBRAL LENTA DOS POLICIAIS - ADVOGADO MARCOS ESPÍNOLA

Prezados leitores, transcrevemos artigo da lavra do conhecido advogado criminalista Marcos Espínola sobre a situação vivenciada pelos Policiais Militares no Rio de Janeiro.




"Jornal O Dia
Marcos Espínola: Morte cerebral lenta dos policiais 
O soldado Douglas Vieira (...) é o retrato do alto grau de estresse em que vivem os policiais militares no Rio, perseguidos e assassinados como em nenhum outro lugar 
05/02/2017 23:00:00 
Rio - Um suicídio transmitido ao vivo. Mesmo em tempos de internet com todos conectados, cogitar isso poderia ser considerado o cúmulo do absurdo, mas, infelizmente, foi um fato recente. Mais do que traumática, essa tragédia reflete a preocupante condição psicológica de uma categoria profissional que há décadas clama por melhores condições de trabalho, respeito e dignidade, ao mesmo tempo em que assiste ao crescimento do crime organizado. 
O soldado Douglas Vieira, que chocou a todos ao se matar com um tiro na cabeça, com transmissão pelas redes sociais, não pode ser ignorado. Ele é o retrato do alto grau de estresse em que vivem os policiais militares no Rio, perseguidos e assassinados como em nenhum outro lugar. 
Em recente levantamento apresentado no Fórum dos Policiais Mortos e Feridos, em duas décadas, o Estado do Rio contabilizou mais de 3,2 mil PMs mortos e quase 15 mil feridos, o que corresponde a 19,65% do efetivo disponível no período, cerca de 90 mil homens. Esse índice é maior que as perdas da Força Expedicionária Brasileira na Segunda Guerra Mundial. 
Somente neste ano, que mal iniciou, o balanço de janeiro foi de quase 20 PMs mortos e outros 42 feridos. Um aumento de 80% nos casos se comparado com o mesmo período de 2016. 
Nesse contexto, fica fácil entender o porquê de o estresse e de a depressão estarem entre as principais causas de afastamento. Mal silencioso que levou a quase 1.400 licenças psiquiátricas concedidas. Dados do Núcleo Central de Psicologia da corporação revelou que em 2016 foram mais de 20 mil atendimentos para um universo de 2.296 pacientes, 46% deles da ativa. 
Se recentemente a ex-primeira dama Marisa Letícia teve morte cerebral, após um AVC, os policiais, ou melhor, todos os agentes de segurança do Rio, sofrem de um tipo de morte cerebral lenta e cruel, causada pela tensão diária no exercício da profissão. Todos os problemas envolvidos, como as más condições de trabalho, baixos salários, atrasos nos pagamentos e o confronto com os criminosos levam esses profissionais a sofrer tipo peculiar de AVC — Ataques de Violência Constantes, seja do poder constituído, que falha no suporte à polícia, seja do poder paralelo, cujo objetivo é eliminá-los a qualquer preço (Fonte)". 
*Marcos Espínola é advogado criminalista 

Juntos Somos Fortes!

2 comentários:

  1. A mais pura verdade.Pena que ninguém vai tomar essas palavras,principalmente o comando que não liga pra ninguém. Nem mesmo para os próprios oficiais. Quem detém o poder só pensa em sí.

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  2. Prezados Senhores,

    Infelizmente, o que me traz nesta página é o repudio a propaganda sem cabimento de profissional da área do direito e o qual teria por obrigação de fazer mais àqueles que sustenta seu escritório e não o faz nada. Tanto é que na página do facebook do escritório existe fartas reclamações de seu serviço mal prestado à categoria de segurança pública. Existe uma teoria de que esses escritórios serviriam para resolver problemas relacionados ao CDC, mas, vai por mim, nem para isso, eles servem.

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