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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

OS VAGABUNDOS, PREGUIÇOSOS, VÂNDALOS E O NOSSO FUTURO - CORONEL PM REF HERRERA

Prezados leitores, transcrevemos a seguir um artigo da lavra do Coronel PM Ref Herrera. 




"OS VAGABUNDOS, OS PREGUIÇOSOS, OS VÂNDALOS E O NOSSO FUTURO 
O presidiário SÉRGIO DE OLIVEIRA CABRAL SANTOS FILHO, quando ainda todo-poderoso governador do Estado, valendo-se de maciço apoio da mídia comprometida pelo rico filão das verbas de propaganda, abusou sempre de expressões chulas, referindo-se a dignos funcionários estaduais, que então exerciam legítimo direito de greve: a médicos chamando-os “vagabundos”; a professores rotulando-os “preguiçosos”. E, aos heroicos bombeiros e policiais militares, que reivindicavam justa remuneração e condições de trabalho mais dignas, acusou-os de “vândalos”. 
Mas quem será, verdadeiramente, essa figura esdrúxula do ex-governador CABRAL?
Jovem ainda, ostentando o prestígio público de seu pai, renomado jornalista esportivo, emergiu das urnas como deputado estadual (1991 a 2003). Terminou o terceiro mandato com pelo menos 2 milhões de dólares (R$ 6,8 milhões) em contas secretas no exterior. Por cada ano na ALERJ, recebeu em média 166 mil dólares de origem suspeita. Eleito senador (2003 a 2006) seu patrimônio oculto fora do país subiu para 7 milhões de dólares (R$ 23,8 milhões). Como governador, em dois mandatos (2007 a 2014), multiplicaria sua riqueza 21 vezes no espaço de apenas 84 meses: sua fortuna em bancos estrangeiros saltou para 152 milhões de dólares (R$ 517 milhões). Enriqueceu sem o correspondente esforço de trabalho. Um vagabundo.
Os ladrões, via de regra, costumam fugir com o produto do roubo. Vejam a “PeTralhada” e seus cúmplices envolvidos no escândalo da Petrobras, que logo criaram um “propinoduto” para sustento de suas vidas fora do país. CABRAL, porém, utilizava seus “fornecedores” domesticamente, para pagar contas corriqueiras, como IPTU, IPVA, mesadas à esposa e à ex-mulher. Não se trata mais de corrupção, seria indolência mesmo, pois nem as próprias contas ele pagava. Um preguiçoso.
Quando do movimento de reação dos heroicos bombeiros e policiais militares, nos idos de 2012, CABRAL fez valer sua agressiva autoridade – evidentemente com o velado apoio do governo federal, o prévio beneplácito do Judiciário estadual e a estranha leniência do Ministério Público –, para rasgar códigos, leis, estatutos e tudo mais, visando a vingar-se daqueles que rotulara como líderes, jogando-os nas masmorras de Bangu 1, penitenciária de segurança máxima, destinada a condenados de alta periculosidade. Depois, em encenada “anistia”, jogou-se para debaixo do tapete da História toda a arbitrariedade e violência cometidas por CABRAL e seus sabujos auxiliares. Mas se constatou ampla violação das garantias individuais preconizadas na Constituição, com flagrante afronta ao Estado Democrático de Direito, cometida por um Governador de Estado. Um vândalo.
A baixa estatura moral e o notório despreparo administrativo desse continuado (des)governo CABRAL-PEZÃO – aliados à surda complacência de nossos coronéis, únicos responsáveis, de direito e de fato, pelo correto emprego da tropa – fizeram com que se lançasse a PM na farsa eleitoral da UPP (descabido projeto de cunho essencialmente midiático), sob a obscura direção de um bizarro Secretário de Segurança Pública, o sr. José Beltrame. E deu no que deu: inchaço do efetivo, sobrecarregando serviços médico-hospitalares, agravando a remuneração do pessoal, além de, face à acelerada e precária formação de policiais militares, transformar nossa PMERJ na Polícia que mais mata e que mais morre, não só no Brasil, mas no mundo. Estabeleceu-se, a troco de votos, sem responsabilidade alguma, o caos administrativo e operacional, agora de dificílima solução. 
E o nosso futuro?
Embora eu não possa censurar ninguém, creio que pouco adiantarão as manifestações públicas, sob sol e chuva, quando os governantes permanecem desfrutando suas mordomias sob ares refrigerados dos palácios. Como se vê.
Não creio que adiantará o heroísmo de uns poucos bravos militares estaduais, imolados diante da insensível, injusta e covarde reação dos governantes. Como já vimos.
Suponho que também serão infrutíferas todas as nossas manifestações individuais, por mais contundentes que sejam as críticas ou as revelações dos fatos.
Penso, então, que só nos resta um caminho: a autêntica luta política. 
Devemos buscar, em nosso meio, uma liderança que, com a imunidade de um mandato popular, possa manter a tribuna para expressar as vozes dos que não podem falar, para pugnar pelos anseios dos que não podem lutar. Sobretudo para ser, de forma incansável e corajosa, um lídimo combatente no qual se possa confiar. Não que pretenda ser o “salvador da pátria”, mas que sempre colocasse sua tribuna ao dispor das reivindicações de oficiais e praças, das suas representações de classe, vale dizer, de todos os funcionários estaduais. Até hoje, ao que parece, nunca tivemos algo parecido.
O começo seria buscar tal candidato que pudesse responder a quesitos monolíticos: seu passado com honradez, sua honestidade de propósitos, sua coragem desabrida, sua independência de opinião, sua incansável tenacidade apesar das injustiças sofridas. E que extravase a ira santa dos paladinos do Bem, da Verdade, da Justiça.
É hora de reflexões. Em nossas consciências, devemos iniciar essa busca. Sob o risco de, se não o fizermos, sucumbirmos todos, na derrocada dos históricos Corpo de Bombeiros Militar e Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, submetidos à permanente cleptocracia que nos governa, eivada de vagabundos, preguiçosos e vândalos. Este, em minha modesta opinião, será nosso desafio para o futuro. 

Nelson HERRERA Ribeiro Cel PM Ref, advogado e professor"

Juntos Somos Fortes!

4 comentários:

  1. Perfeito DIAGNÓSTICO das "MAZELAS ATUAIS"!
    Importante a TROPA participar da VIDA POLÍTICA. Enxotando do cenário todos aqueles que maculam, desprezam os SERVIDORES PÚBLICOS, com atitudes vexatórias à dignidade do CIDADÃO DE BEM!!!
    Creio que o PRIMEIRO PASSO seria EXPURGAR o PMDB do cenário político ESTADUAL, nas próximas eleições. Tal qual foi feito, há pouco, com o PT!
    SERVIDORES ESTADUAIS UNIDOS têm força para isto!!!

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  2. Ótimo texto, Sr. Nelson. A mais pura realidade.

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  3. É isso que tenho falando, sem deputado nosso, juntos não somos fortes, dono um grupo com velocidade e sem direção.

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