Prezados leitores, reproduzimos mensagem que circula pelas redes sociais comparando os Oficiais do passado com os Oficiais do presente.
"Deixo aqui um texto de um amigo, que concordo!
VERGONHA!
Em 1980 quase 500 Oficiais da POLÍCIA MILITAR , fardados e armados, em plena vigência do Regime Militar, cercaram o Palácio Guanabara exigindo do Governador Chagas Freitas o aumento salarial anual devido.
O mês era Março. O Governador tentou sair na mala do carro, mas este teve os pneus esvaziados pelos mobilizados e teve que receber uma Comissão que expôs as reivindicações para TODO O EFETIVO da Corporação.
Dali partiram os 500 em direção ao QG na Evaristo da Veiga, onde entraram em forma no pátio do mesmo e foram apresentados ao Oficial Superior de Dia (tratava-se de um Sábado) pelo mais antigo como presos voluntariamente, pelas transgressões praticadas.
Em apertada síntese: a prisão durou algumas horas; na semana seguinte alguns líderes foram presos efetivamente por 30dias; e a Corporação obteve um aumento salarial de 100%.
Hoje, 10/02/2017, quase 37 anos depois, envergonha-me ver Oficiais omissos, acovardados, subservientes, permitirem que esposas, filhos, mães e viúvas de Policiais e Bombeiros, passem uma noite nas ruas, em frente as Unidades, lutando por dignidade, por justiça, por um pedaço de pão, por um Hospital decente; coisas que caberiam a eles fazerem!"
Juntos Somos Fortes!
São fatos históricos, inegável que ocorreram. O que nos leva a outra reflexão: o que aconteceu com a nossa sociedade, de onde são extraídos esses homens?
ResponderExcluirTo vendo polícia com medo, acreditem se quiser de tomar bico dá OPM, quem tem medo disso também tem medo de bicho papão!
ResponderExcluirPaul creio que para começar a entender o que tem ocorrido vc poderia começar por uma lembrança, qual seja: os Oficiais a que vc se refere, quando fala da invasão do Palácio Guanabara, tiveram seu arcabouço cultural institucional forjado por Oficiais, que a tua geração intitulava "cascas grossa", os quais entendiam que os interesses e prioridades da Corporação deveriam ser discutidos internamente e requeridos dos governantes. A minha geração e as subsequentes receberam seu arcabouço cultural institucional dos Oficiais da TUA GERAÇÃO, os quais, desprezando os pseudos radicalismos dos intitulados, por vcs, cascas grossas, passaram a RELATIVIZAR doutrinas, tradições e, principalmente, o monopólio da avaliação do que seria prioritário para a PMERJ, deixando tal avaliação ao alvedrio da classe política, sob o pueril discurso de que tal entrega faria parte da reestruturação cultural da corporação, a qual deveria se democratizar, humanizar, enquadrar a NOVA ORDEM DEMOCRÁTICA. Assim a tua geração passou a semear a lógica de uma Polícia Militar ABERTA às elucubrações da classe política, sujeita a ser USADA como balão de ensaio dos devaneios dos agentes políticos, submissa (subserviente) à sensibilidade dos mesmos, no que tange às nossas aspirações. Quantas vezes ouvi esta frase!!!! Pois é, acho que esta reflexão poderá te ajudar a entender este dilema que vivemos. Um abraço.
ResponderExcluirObs: Gostaria de ressaltar que não desprezo que em todo grupo existem exceções, mas a regra é a relatada.
Waldyr, eu sempre escrevi que após a reabertura política, os políticos dominaram os quartéis. Trocou-e o controle pelas Forças Armadas, pelo controle político. Oficiais aprenderam que era bom estar bem com políticos, isso gerava promoções, comandos e gratificações. O movimento dos Coronéis Barbonos tinha como um dos objetivos interromper tal subserviência, mas não tivemos o devido apoio. Nossa derrota, inclusive, teve como um dos componentes esse interesses políticos dos jovens Coronéis e dos Tenentes Coronéis (com exceções). O que estava ruim, piorou.
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