JORNALISMO INVESTIGATIVO

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terça-feira, 26 de novembro de 2013

CADÊ AMARILDO: NOVIDADES

Prezados leitores, erramos.
Hoje publicamos um artigo afirmando que o Caso Amarildo tinha sumido da imprensa, realmente, tinha desaparecido, mas hoje o assunto voltou ao noticiário.
Nosso erro aconteceu principalmente porque só lemos o jornal O Globo instantes atrás, quando nos deparamos com a notícia sobre o caso e com a notícia sobre a pesquisa realizada pelo IBOPE para o governo do Rio de Janeiro, a qual comentaremos amanhã.
Eis a matéria:

O GLOBO
Renata Leite 
RIO — A Justiça negou o pedido de habeas corpus feito pelos advogados de alguns dos policiais militares presos acusados de participação na tortura e morte do ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, na Rocinha. Os desembargadores da 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio votaram, por unanimidade, pela permanência da prisão preventiva dos policiais Marlon Campos Reis, Jorge Luiz Gonçalves Coelho, Victor Vinícius Pereira da Silva e Douglas Roberto Vital Machado. 
A defesa alegou no habeas corpus que os acusados preenchem os requisitos para responder ao processo em liberdade, uma vez que são primários, têm bons antecedentes, residência e emprego fixos. Argumentaram também que eles não possuem mais portes de armas, tendo se apresentado espontaneamente para a eficácia da prisão. Os advogados pediram também o trancamento da ação penal pela inexistência de prova de autoria. 
Segundo o desembargador relator Marcus Quaresma Ferraz, a prova colhida, “em longa e complexa investigação policial, expressa a existência de indícios suficientes de autoria e materialidade dos crimes imputados aos pacientes”. No acórdão, realizado no último dia 21 e publicado nesta segunda-feira, o relator e desembargador, destacou que as informações colhidas durante a investigação permite “extrair indícios de autoria e materialidade do crime”. O relator considerou ainda que a decisão que decretou a prisão preventiva está devidamente fundamentada e aponta objetivamente os fatos que tornam necessária a custódia cautelar. 
“A forma e execução dos gravíssimos crimes perpetrados, as condutas dos acusados, durante e após a prática dos delitos, e outras circunstâncias, inclusiva a imensa repercussão e clamor público, abalando a própria garantia da ordem pública, demonstram a necessidade da custódia”, diz o voto de Marcus Quaresma Ferraz. 
Amarildo foi torturado e morto na sede da UPP da Rocinha no dia 14 de julho deste ano. O corpo do ajudante de pedreiro até hoje não foi localizado".

Desde que começamos a comentar o caso Amarildo destacamos que nunca pretendemos defender os PMs, pois desconhecemos a investigação (inquérito policial), mas fazíamos questão de defender os direitos dos Policiais Militares, algo violado com muita facilidade no Rio de Janeiro, como testemunhamos na própria carne.
Comentamos apenas o que surgia na imprensa e o que não surgia, assim como, afirmamos que tudo poderia ter ocorrido conforme o noticiado pela imprensa (tortura, assassinato e ocultação do corpo), mas que isso era uma possibilidade.
A matéria foi concluída com o seguinte parágrafo:
"Amarildo foi torturado e morto na sede da UPP da Rocinha no dia 14 de julho deste ano. O corpo do ajudante de pedreiro até hoje não foi localizado".
A segunda frase é uma verdade, o corpo ainda não apareceu, todavia, a primeira frase ainda se encontra no terreno da hipótese, isso considerando o noticiado até a presente data pela grande mídia sobre o fato, inclusive considerando o contido na matéria transcrita.
A imprensa não divulgou qualquer prova da morte de Amarildo, isso é fato.
A imprensa divulgou que alguns PMs da UPPs da Rocinha receberam a ordem de permanecer no interior de um contêiner, ouvindo do local sons semelhantes aos produzidos por torturas.
A imprensa não noticiou que alguém tenha testemunhado a tortura, a morte ou a ocultação do cadáver.
Obviamente, todas essas provas devem estar contidas nos autos, considerando a decisão do excelentíssimo desembargador relator, entretanto, ainda não foram noticiadas através da imprensa.
Os PMs continuam presos, isso é verdade.
Juntos Somos Fortes!

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