No dia 4 de julho de 2012, postamos um artigo que tratava do serviço extra remunerado implantado na PMERJ por meio do RAS e do PROEIS, artigo que transcrevemos no presente.
Hoje o nosso objetivo é trazer para reflexão um aspecto que também já comentamos no nosso espaço democrático, uma opinião: a criação dos serviços extra remunerados, forçosamente deve por fim ao serviço extra não remunerado, isso é lógico e justo.
Nada justifica que um PM receba para tirar serviços extra (RAS e PROEIS) em algumas situações e seja escalado para tirar serviços extras em outros momentos gratuitamente.
Tal realidade causa uma diferenciação bizarra que fere mortalmente a boa gestão de pessoal, algo que deve ser uma preocupação constante.
Isso é injusto e, salvo melhor juízo, pode até ser questionado junto ao Poder Judiciário, pois a natureza do serviço é a mesma: exercer o policiamento. E, nos dois momentos, o PM está sacrificando a sua folga.
Penso que seja a hora do governo determinar que todo serviço extra, inclusive horas extras, seja objeto de pagamento nos valores previstos pelos dois programas oficiais.
Eis o artigo:
quarta-feira, 4 de julho de 2012
"POLÍCIA MILITAR - PROEIS e RAS - VENDA DE FOLGAS - SERVIÇO EXTRA
O governo do Estado do Rio de Janeiro estabeleceu dois programas que em apertada síntese promovem a compra de folgas de Policiais Militares: o PROEIS e o RAS, na verdade o governo importou essa ideia de São Paulo.
A leitura das regulamentações evidencia diferenças e semelhanças entre os programas. Eu aconselho que todos e todas leiam os decretos: PROEIS e RAS.
O ponto em comum é que se tratam de maneiras encontradas pelo governo para aplicar mais policiamento, o que é feito através da venda de folgas, ou seja, através do sacrífico dos participantes. Os programas se aproveitam de uma fragilidade dos participantes: a necessidade imperiosa de ter um segundo emprego. Obviamente, o ideal seria que os Policiais Militares e as outras categorias alcançadas no RAS, ganhassem uma remuneração justa e que pudessem usufruir de suas folgas e não vendê-las. Um ponto apresentado como positivo apresentados pelos defensores é o fato de que nos "bicos oficiais" os participantes estão protegidos pela legislação, o que não ocorre no "bicos clandestinos" e isso é uma verdade.
Tenho recebido reclamações sobre os programas, algumas no sentido de que o pagamento das atividades no PROEIS tem atrasado, outras no sentido de que os Policiais Militares estão sendo escalados coercitivamente no RAS. Neste aspecto tenho que reiterar a solicitação de que leiam a regulamentação, pois enquanto a participação no PROEIS é voluntária, a participação no RAS pode ser coercitiva (Artigo 1o). Portanto, o Policial Militar, o Policial Civil, o Bombeiro Militar e o Agente Penitenciário podem ser escalados contra vontade no RAS, desde que sejam respeitados a carga horária e os intervalos entre os serviços. Os defensores do RAS alegam que antes o extra também era obrigatório e não era remunerado, o que também é uma verdade.
Penso que tanto o PROEIS, quanto o RAS, apresentam suas virtudes e seus defeitos, sendo que o principal defeito deles os antecede: o salário miserável que os profissionais de segurança pública do Rio de Janeiro recebem. Caso o salário fosse justo, a existência de um programa de serviço extra, voluntário e remunerado, seria muito bem-vindo e os interessados poderiam participar diante de uma necessidade temporária de auferir ganhos superiores ao salário, isso por algum tempo, pois sacrificar a folga indefinidamente é CRIMINOSO.
Cabe avaliar ainda se o emprego dos profissionais nas escalas normais (24 x 48 horas, por exemplo) já não determina um excesso na carga horária, demandando o pagamento do extra. Além disso, precisam ser avaliadas outras questões trabalhistas favoráveis aos participantes e que possam ser aplicadas em razão do recebimento regular das gratificações.
Por derradeiro, tenho certeza que as associações de classe estão acompanhando o desenrolar da participação dos PMs, BMs, PCs e APs nos programas, fiscalizando o respeito aos direitos de todos. Afinal, esse é um dever de todas elas.
Juntos Somos Fortes!"
É hora de acabar de uma vez por todas com o serviço extra não remunerado na Polícia Militar.
Juntos Somos Fortes!
O intervalo entre as folgas não está sendo respeitado no RAS compulsorio e com a nova ordem do CEL Paulo Henrique o PM vai trabalhar quase de domingo a domingo.
ResponderExcluirGrato pelo comentário.
ExcluirEu sei que fazer isso é difícil, sobretudo para os Praças, mas disciplinadamente é preciso aprender que apontar irregularidades é um direito. Isso é cidadania.
Juntos Somos Fortes!
dizer que 24 x 48 é normal é amesma coisa que dizer que é normal trabalhar 8h por dia de segunda a segunda. absurdo.
ResponderExcluirGrato pelo comentário.
ExcluirA PM tem uma variedade de escalas que acaba provocando injustiças pois geram cargas horárias semanais diferentes.
Juntos Somos Fortes!
Não sou voluntário para o RAS, porém me escalam sem minha vontade, compulsório, oq devo fazer?
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