Ouvi um áudio que circulou em grupos de Militares do Estado do Rio de Janeiro sobre uma manifestação prevista para o dia 9 de fevereiro.
Parabenizo o autor pela clareza da argumentação, faço apenas uma ressalva.
Toda reunião de pessoas em via pública é um ato político porque gera consequências políticas.
Um ato no qual uma categoria profissional reivindica um direito que não foi concedido ou foi retirado por políticos, sempre será um ato político.
Portanto, não existe como participar do ato de forma não política.
O ato político pode ser em desfavor do político que provocou a realização do ato, eis uma modalidade. Pode ser em desfavor desse político e a favor de outro político, eis outra. E, pode ser um ato de apoio a um político que promoveu algum benefício para a categoria.
Não existe ato público não político.
Toda reivindicação feita nas ruas é política, não existe neutralidade, não existe a possibilidade de ficar em cima do muro, como dizem.
Foi ao ato, participou de um ato político.
No caso específico do ato do dia 9 será um ato político de cobrança ao governador, logo será em seu desfavor.
Ou estou enganado e será de apoio ao governador?
Tenho certeza que não.
Não precisam vestir camisas com inscrições de hastag ou frases contra o governo, nem faixas, nem cartazes e nem panfletos.
A ação reivindicatória por si só caracteriza que o ato é contra o governador.
Diante do exposto alguém pode perguntar:
- Se é um ato político em desfavor do governador não devo ir?
Não existe qualquer problema em comparecer.
Eu fui em quase em 100 manifestações, filmei quase todas e postei no blog.
Isso é o exercício do seu direito de se expressar, claro, devendo ser respeitados os limites legais dessa liberdade.
Adianto que sendo um ato com participação de Militares o correto é que estejam de folga (ativos), usem trajes civis e não portem armas, que o ato seja ordeiro e pacífico, assim como, não atrapalhe a população.
Respeitados esses princípios todos podem participar sem qualquer problema do ato político contra o governador.
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