JORNALISMO INVESTIGATIVO

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terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

ATO REIVINDICATÓRIO NÃO PODE SERVIR PARA CAMPANHA POLÍITICA



Nós, Militares do Estado do Rio de Janeiro, podemos lutar pelos nossos direitos, a nossa condição de militares, não nos impede, todavia, não podemos nos afastar da nossa identidade profissional, ou seja, somos MILITARES.

A luta pode ser na esfera administrativa (como tratei em artigo anterior sobre a GRET), na esfera judicial (como recomendei várias vezes ser indispensável no caso da Paridade) e nas ruas, desde que em atos ordeiros e pacíficos (em conformidade com os parâmetros que citei em artigos anteriores).

Agindo assim teremos a segurança da LEGALIDADE.

Faço tal ressalva em função de vídeos que estão circulando nas redes sociais, os quais na minha opinião, estão se desviando da nossa luta por PARIDADE e entrando no terreno das campanhas eleitorais.

Sim, a própria realização do ato é um ato político, ninguém pode negar, mas em prol dos Militares do Estado do Rio de Janeiro e suas pensionistas, não pode ser um "trampolim" para a,b ou c divulgarem suas candidaturas.

Óbvio, todos os pré-candidatos têm direito a mostrar porque os Militares do Estado do Rio de Janeiro devem votar neles, mas não podem usar um ato reivindicatório para fazer isso,  desviando do objetivo coletivo para tratar de interesse próprio.

Salvo melhor juízo, o objetivo do ato é mostrar ao governador que ele e os deputados erraram, apresentando as alternativas para a reparação (apresentei algumas em vídeos).

Nenhum de nós pode pensar em ficar "inimigo" do governador ou dos deputados, isso só dificultará a mudança de opinião por parte deles.

A "pressão" precisa ser inteligente.

Não podemos construir muros, temos que construir pontes.

Podemos como cidadãos declararmos publicamente que votaremos ou não no governador e da mesma forma nos deputados que votaram contra os Militares Estaduais, isso é um direito, agora o conteúdo de alguns vídeos estão ultrapassando muito esse limite.

Estão "perdendo a mão"...

Escrevo esse artigo com o intuito de preservar os participantes, eu que participei de quase uma centena de atos públicos, por diferentes razões (contra realização da Copa, contra a realização das Olimpíadas, a favor dos servidores públicos da educação e da saúde, etc) e vi algumas vezes os objetivos serem desvirtuados, enquanto nos carros de som existiam "lutas" pela posse dos microfones.

Em consequência, entendo que os organizadores devem primar pelos valores que norteiam a nossa condição de MILITARES do Estado do Rio de Janeiro.

No dia que abandonarmos a nossa identidade, nossas amadas Instituições serão transformadas no caos completo.

Reivindicação sim, campanha eleitoral não.

Por derradeiro, informo que após chegar a tal conclusão, mudei de opinião e não participarei desse primeiro ato, por não me identificar com a postura dos organizadores.

Tal decisão não deve ser interpretada como uma desistência, pois já demonstrei, não desisto e não desistirei de contribuir para o melhor para os Militares do Estado do Rio Janeiro, enquanto vida tiver.

Juntos Somos Fortes!

PS: Devo gravar um vídeo sobre o contido nesse artigo.

2 comentários:

  1. Cel Paul, boa tarde. Sub Silvia Peters, 13* Pel. 3* CIA/1990. Peço, com respeito e admiração que sempre tive pelo Sr, que, pfv, reveja sua opinião e esteja conosco amanhã. A sua presença carrega um profundo significado institucional. Pfv, esteja lá! Juntos somos fortes! Fique com Deus.

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    1. Prezada Silvia Peters, agradeço o seu carinho. Você sabe que não fujo de lutas institucionais e que continuarei lutando, inclusive fora das ruas. Tenho participado de reuniões para revisão da nossa legislação, começando pelo Estatuto dos Militares Estaduais. Hoje não irei porque identifiquei interesses políticos na mobilização. Algo normal, mas inaceitável no momento vivenciado sobretudo pelas pensionistas. Caso esse aspecto mude, estarei nos outros atos, mas preciso avaliar esse primeiro. Fique com Deus. Torço para o sucesso. Basta o governador inverter. Vetar o 44 e trazer de volta o 42. É simples!

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