JORNALISMO INVESTIGATIVO

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terça-feira, 20 de março de 2018

DELÍRIOS DOS PERDIDOS - CORONEL PM REF LYRIO

"Delírios dos Perdidos

Há muito tempo se ouvem gritos famintos por substituição de nossas PPMM por outro modelo de Agência capaz de realizar o trabalho de polícia ostensiva de preservação da ordem pública, em cumprimento ao comando constitucional contido no art 144 da Carta Magna, com agentes civis, ou, melhor entendido, agentes não militares, com menor nível de truculência e maior consciência dos direitos humanos com os menos favorecidos. Pois bem. As perguntas que vêem à mente imediatamente são as seguintes: Quanto tempo levaria para se montar uma estrutura administrativo-operacional com tão complexa responsabilidade, a curto ou médio prazos? Como seria operacionalizada a transição entre as forças nova e antiga? Como seria o modelo de atuação da nova força policial que garantiria o sucesso esperado por seus idealizadores? Como seria o controle desta nova tropa armada e desdobrada no terreno em suas missões de alta criticidade, incluindo enfrentamento de bandos armados próprio da rotina do nosso estado? O que seria feito com os aproximadamente cinquenta mil PPMM da força substituída, aprovados em concurso público? Que garantias os cidadãos teriam sobre a árdua e delicada missão de exercer o Poder de Polícia sem gerar nas pessoas um certo nível de constrangimento e desconforto próprios do referido atributo legal, durante as necessárias abordagens e buscas pessoais? Como seriam as regras para os constantes casos de horas extras decorrentes de andamento de ocorrências em delegacias de polícia judiciária? Bem, é melhor pararmos por aqui, pois seria interminável a lista de questionamentos e dúvidas sobre tal estrutura, da qual não se tem informação ou definição se seria municipal, estadual ou federal. 

Certa vez, tive a ideia e a curiosidade de fazer algumas dessas perguntas a alguns adeptos desse desejo de desmilitarização da PM e a resposta unânime foi a seguinte: Sei lá. Não poderíamos aproveitar toda a estrutura já existente na PMERJ, incluindo o seu contingente, abolindo apenas o uso da farda? Esta foi a pergunta que me fizeram em devolução das minhas. Então, finalmente entendi que a aversão que tanto incomoda boa parcela da sociedade quanto à existência da PM não é a PM, é a farda. Ou seja, se a PM realizar seu trabalho complexo, perigoso, heróico, sacrificante e admirado por outras polícias estrangeiras em razão do louco palco de operações que o RJ possui, por incompetência e descuido de gestores políticos ao longo de décadas, sem uso de fardas e insignias, pronto, passará a ser respeitada e amada como ela mereceu há 206 anos de bons serviços prestados aos homens e mulheres de bem do estado. Desculpem-me. Mas...é ou não é um DELÍRIO? Estão perdidos. 

Rodolpho Oscar Lyrio Filho - Cel PM Ref

10 comentários:

  1. Se não é um delírio, quem fez essas observações deve ter fumado um bagulho estragado.

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  2. É só copiar os moldes da PRF e GM. Quando da fundação/fusão das Polícias Estaduais, Quem faria o policiamento ostensivo ? Os que já detinham expertise para tal mister e a parte de polícia judiciária os que já têm conhecimento e prática para tal, aproveitando as estruturas das delegacias e batalhões. Assim até irem se formando as novas turmas de servidres concursados da Força Estadual de Polícia. Quem seria o chefe ? Aquele com currículo policial, experiência e capacidade para isso; escolhido pelo governador ou Sec. Seg.
    A PRF é uniformizada, ostensiva e funciona muitíssimo bem, sem ser OM.

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    1. Sr anônimo, penso que tomarmos como referência aglutinacões realizadas entre instituições de controle social com missões tão diferentes da missão de polícia ostensiva de preservação da ordem pública, como é o caso das polícias militares,não é muito adequado à complexidade astronômica da alteração pretendida. Com efeito, a missão da PRF se desenvolve em rodovias federais e as PPMM operam em áreas de concentração de massa populacional, de alta criticidade como favelas e bairros conflagrados. São duas realidades que não se cruzam. Além disso, na verdade, o que incomoda as pessoas defensoras de tais ideias me parece ser o constrangimento, a agressividade e algum nível de truculência próprios do poder de polícia em todo o mundo, previsto em lei Federal. Não se confundem tais facetas com violência policial, que não pode ser banalizada nem aceita, claro. Porém, se este é o desconforto atribuído ao agente fardado, de OM, estaremos em apuros, pois qualquer força policial que se invente para substituir a pm só poderá cumprir seu papel constitucional com o citado amparo legal de poder de policia que gera tais preocupações.

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    2. Sim , claro que a mudança tem q ser constitucional, senão não muda. Tem q ser debatido e votado em Brasília. E a PRF já operou e se,necessário for, em áreas de grande massa populacional e criticidade como as favelas do Alemão, Rocinha, 18, Dique, Furquim Mendes(essas duas últimas então beira da Dutra,corriqueiramente e inclusive apreendendo armas, drogas,efetuando prisões e até multando veículos lá dentro, (Multar. Coisa q a PM não faz dentro de favela; parece q, morador de comunidade têm salvo-conduto). E na Dutra, W Luiz etc, veja a quantidade de material ilícito apreendido e o número de presos em flagrante por estes policiais uniformizados, ostensivos e não militares.
      A Polícia Civil, também entra nas comunidades, prende, apreende sendo civil.
      Para ser Polícia não é preciso ser militar, a PF que o diga.
      Se houver um plebiscito, em que, todos os PMs e Bombeiros de todo o Brasil, pudessem votar, se são contra ou a favor da desmilitarização, qual seria o resultado ?



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  3. Não é delírio nada. Em tantos países, inclusive mais ricos q o Brasil a polícia é desmilitarizada e funciona.
    Aliás, com todo respeito aos nobres e valorosos bommbeiros, pra que bombeiro é militar ?
    Pergunte a quaisquer agentes PF, PC, Penitenciário, PRF se eles querem ser militares ? 100% destes responderão com um rotundo "NÃO".
    Andam armados tb e são policiais.
    Esse negócio de marchar, toque de corneta, banda, rancho é pra quem fica 90% dos anos de serviço aquartelado; é perda de tempo pra quem tem que tirar serviço na rua. Aproveitava esse tempo perdido de ordem unida, q não serve pra nada na atividade-fim, para q tivesse essas horas de instrução POLICIAL.
    Deixa essa coisa de militarismo para as FFAA, q tem tempo de sobra, nos seus 30 anos de serviço para isso.
    Coisa desnecessária pra polícia e bombeiro.

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  4. Não é delírio nada. Em tantos países, inclusive mais ricos q o Brasil a polícia é desmilitarizada e funciona.
    Aliás, com todo respeito aos nobres e valorosos bommbeiros, pra que bombeiro é militar ?
    Pergunte a quaisquer agentes PF, PC, Penitenciário, PRF se eles querem ser militares ? 100% destes responderão com um rotundo "NÃO".
    Andam armados tb e são policiais.
    Esse negócio de marchar, toque de corneta, banda, rancho é pra quem fica 90% dos anos de serviço aquartelado; é perda de tempo pra quem tem que tirar serviço na rua. Aproveitava esse tempo perdido de ordem unida, q não serve pra nada na atividade-fim, para q tivesse essas horas de instrução POLICIAL.
    Deixa essa coisa de militarismo para as FFAA, q tem tempo de sobra, nos seus 30 anos de serviço para isso.
    Coisa desnecessária pra polícia e bombeiro.

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  5. As Polícias Militares não têm vida própria, estão sujeitas ao querer dos políticos que as manipulam ao seu bel-prazer.
    Defender este sistema, desdenhado e menosprezado pelos políticos corruptos, é isentá-los de qualquer responsabilidade.

    O problema não está no sistema organizacional, está no governo, se o governo é bom, o sistema é bom, se o governo não presta, o sistema não presta. Isto é bíblico – “não sai água doce e salgada da mesma fonte”.

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    1. Se o policial NÃO FOR militar o que q muda para a população???


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    2. DECRETO-LEI Nº 217, DE 08 DE ABRIL DE 1970
      A Polícia Militar do Estado de São Paulo foi instituída por força do Ato Complementar nº 47, de 7 de fevereiro de 1969 em conformidade com o § 1º do Artigo 2º do Ato Institucional nº 5, de 13 de dezembro de 1968, que decretou:
      Artigo 1º - Fica constituída a Polícia Militar do Estado de São Paulo, integrada por elementos da Força Pública do Estado e da Guarda Civil de São Paulo, na forma deste Decreto-lei.
      Ou seja, antes 7 de fevereiro de 1969, existiam duas polícias paulistas, e funcionavam muito bem, depois desta data, extinguiram-se as duas e instituiram a Polícia Militar, que também funcionava muito bem, até a cambada dos exilados de 64 retornarem ao poder.
      Diante disto fica claro que o problema não é o regime, são o governantes.

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  6. Muitas opiniões, poucos argumentos... infelizmente a situação não é igual a seleção brasileira de futebol, onde cada um tem um time e acha o técnico burro. Senão vejamos: Portugal tem a Guarda Nacional Republicana que é... militar; na Espanha tem-se a Guardia Civil (que apesar do nome é ... militar), no Chile os Carabineros que são... militares; na França temos a Gendarmerie Française que é... militar; na Itália existem Il Carabinieri que são... militares e por aí vai. Até nos EUA, em alguns estados, as forças policiais são militarizadas, além é claro da Guarda Nacional. Todas as anteriores tem status de Força Armada, além de equipamentos próprios de uma força regular de defesa territorial. A organização militar é mais fácil de manobrar, mais econômica e com melhores resultados. O problema não está no "regime militar" em si, mas nas pessoas que comandam, que no caso dos estados do Brasil são os governadores. Essa discussão sobre desmilitarização é tão pueril, tão desprovida de argumentos que não resiste 10 min num forum acadêmico sério.

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