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terça-feira, 27 de março de 2018

O PIOR ESTÁ POR VIR - ADVOGADO MARCOS ESPÍNOLA



"Jornal O Dia 
Opinião
O pior está por vir
Passado um mês de intervenção, o que se vê, segundo os registros de ocorrências das delegacias, é o crescimento de crimes como homicídios e roubos de carros e cargas 
Por O Dia 
Publicado às 03h00 de 26/03/2018 - Atualizado às 03h00 de 26/03/2018 
Marcos Espínola 
O que mais preocupa é como ficará o Rio após a intervenção, afinal, passado um mês de operações o que se vê, segundo os registros de ocorrências das delegacias, é o crescimento de crimes como homicídios e roubos de carros e cargas. Continuamos à espera de um futuro que não desponta no horizonte. Com a saída das tropas tudo voltará ao normal. Aliás, será pior, com o narcotráfico fortalecido e avançando não só nas comunidades, mas no Estado inteiro. 
A guerra não para. A média de policiais assassinados continua a mesma dos últimos anos. Antes mesmo do fim desse primeiro trimestre já atingimos quase 25% dos 134 policiais mortos em 2017. 
Intervenção e o apoio dos militares são essenciais, porém o comando das ações deve ser dividido com as polícias militar, civil e federal, esta última, comprovadamente com experiência investigativa. O olhar das forças armadas sobre a violência urbana não é igual ao das polícias. 
O que se tem feito em algumas localidades, como na Vila Kennedy, por exemplo, não tem qualquer eficácia, com os militares tirando as barricadas e os bandidos as recolocando no dia seguinte. Um movimento inócuo e que desmoraliza o poder constituído. 
Intervenção se faz com democracia e justiça. Isto significa direcionar o foco numa estratégia que contemple ações conjuntas dos militares, policiais e todas as outras áreas do poder público. Criar núcleos de identificação que mapeie cada localidade para depois agir. E quando for para entrar nas comunidades que entrem com todos os serviços que resgatem a dignidade de todos ali presentes em condições sub-humanas. 
Se for para sufocar os bandidos que isso se inicie nas fronteiras, minando os corredores de circulação das mercadorias. Quem quer a paz tem que enfrentar a guerra estrategicamente. 
É preciso que uma voz se levante e assuma tal postura, como ocorre na Lava-jato. Disposição para lidar com o que pode vir pela frente, como possíveis nomes poderosos que possam estar ligados às indústrias das drogas e armas. 
Segurança pública não se resolve com poder bélico, pois a violência é fruto da desigualdade social, da precária educação e saúde, da falta de oportunidade de emprego, da ausência de políticas públicas sérias para o bem social e coletivo. 
São necessárias ações conjuntas das instituições e que ofertem todos os serviços essenciais para a cidadania. Aí sim, podemos vislumbrar um futuro melhor. 
Marcos Espínola é advogado criminalista (Fonte)".

2 comentários:

  1. Ora, que intervenção, cara pálida?

    Não houve intervenção federal alguma, pois esquerdistas da mídia, OAB, MP, Defensoria, Psol, PT e outras mentes "brilhantes" se ocuparam em atrapalhar o que poderia ser feito.

    O Rio vai ficar muito pior mesmo... E a partir de então a mística de usar as FFAA terá sido quebrada. Em nada adiantará chamar as FFAA em futuras ocasiões, já que restarão tão desmoralizadas quanto a PM (vide o BOPE de ontem, um gigante, e o BOPE de hoje, um anão enfrentado por qualquer ladrão de galinha).

    O gatilho apertado pelos traficantes (ladrões, milicianos, etc.) é culpa de hipócritas que não decidem se estão do lado da lei (cidadãos) ou do lado dos criminosos (seu público e eleitores prediletos).

    O que me tranquiliza é que todos os opositores ao restabelecimento da ordem pública são suscetíveis ao que se passa fora de seus confortaveis gabinetes, mas nem todos são capazes, por exemplo, de irem viver nos EUA ou na Europa.

    Arderão conosco!

    Sgt Foxtrot

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  2. É doutor, o senhor não sabe quantas e quantas dores o senhor e outros defensores de corruptos, já causaram nos homens e mulheres trabalhadoras, vendo seus filhos estudarem nos escombros que sobraram das escolas públicas, porque os seus clientes nos roubaram e parte do que eles nos roubaram, foi para o bolso senhor.
    Olhe também os hospitais públicos, que mais parece um depósito de indigentes, bem diferente dos hospitais que atende o senhor e seus clientes, não temos segurança, não temos assistência jurídica, não temos saneamento, mas temos que pagar impostos e mais imposto, restando-nos apenas os comprovantes de pagamento.
    Não seja hipócrita, não zombe da minha dor, digas aos outros como o senhor que não precisamos de ninguém para lamentar o caos que estamos passando, causado por aqueles que o senhor é defensor.

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