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sábado, 11 de fevereiro de 2017

AOS DEFENSORES DO "NÃO DIREITO DE GREVE" DOS POLICIAIS MILITARES



Prezados leitores, nós já publicamos diversos artigos nesse espaço democrático que a nossa legislação não concede aos Policiais Militares e aos Bombeiros Militares o direito greve, algo que também não possuem os integrantes das Forças Armadas.
Portanto, esse artigo não é um questionamento ao previsto na legislação, mas sim aos argumentos usados por muitos que defendem que a greve não pode ser desencadeada tendo por base valores subjetivos.
A seguir transcrevemos um trecho de artigo de Felipe Moura Brasil (Veja), os destaques são nossos:

"Agradeço muito, porém, a todos que vêm comprovar o que eu disse no programa: que policiais militares que deixam a população refém de bandidos porque querem aumento salarial colocam a sua insatisfação profissional acima da preocupação com a vida dos cidadãos. Em vez de pedirem demissão ou exoneração, e aguardarem TRABALHANDO a aceitação delas ou o prazo do contrato, como é o correto em qualquer área de atuação pública ou privada em caso de insatisfação com o salário recebido, eles colocam vidas em risco com a recusa em prestar à sociedade o serviço de PM. (Fonte)".

Ele está certo?
No tocante ao sacrifício de vidas humanas para tentar obter melhores salários, nem vale a pena argumentar, isso é óbvio.
Agora, analisemos a alternativa que ele coloca:

"Em vez de pedirem demissão ou exoneração, e aguardarem TRABALHANDO a aceitação delas ou o prazo do contrato, como é o correto em qualquer área de atuação pública ou privada em caso de insatisfação com o salário recebido(...)"


Sendo pragmático, imaginemos que a PMES possua um efetivo ativo de Oficiais e Praças em torno de 5.000 PMs.
Todos insatisfeitos com os salários.
Para Felipe o certo seria pedirem exoneração, vamos supor que eles sigam a orientação
Dependendo dos regulamentos internos de cada instituição militar, após 30 ou 45 dias eles não podem mais ser escalados nas ruas.
Como o governador irá recrutar, selecionar e  formar os seus substitutos em 45 dias?
Praças demoram em média no Brasil seis meses para serem formados e Oficiais três anos.
Seguindo a ideia de Felipe, após 45 dias no máximo, as ruas ficarão sem policiamento (não existirão mais PMS) e os crimes ocorrerão em número muito maior do que os atuais.
No Rio de Janeiro são mais de 50.000 PMs  em São Paulo mais de 100.000 PMs, imaginem o caos se todos pedissem a exoneração proposta por Felipe?
Não é simples resolver esse NÃO direito de greve dos Policiais Militares, sobretudo quando os governos se aproveitam disso para pagar salários miseráveis aos Policiais Militares.
Na verdade quem CHANTAGEIA são os governantes, que aproveitam desse impedimento para pagarem salários famélicos.
Quais seriam os outros mecanismos de pressão na luta salarial?
Faltarem aos serviços obtendo dispensas médicas, a falta do policiamento persistirá e a criminalidade imperará nas ruas.
Saírem para as ruas e fingirem que trabalham, a criminalidade continuará fazendo a festa.
Portanto, urge que se regule o DIREITO DE GREVE dos profissionais de segurança pública, alterando a legislação.
E, por favor, não me falem como alguns sobre o voluntariado, pois não existe trabalhador que não seja voluntário, portanto, tal argumento é uma falácia.

Juntos Somos Fortes!

3 comentários:

  1. QUANDO É PARA CRITICAR,EU CRITICO MAS,A COLOCAÇÃO DO ADMINISTRADOR DO BLOG É MUITO ESCLARECEDORA E DINÂMICA.
    QUERO APENAS ACRESCENTAR ALÉM DAS PERFEITAS COLOCAÇÕES ,QUE POLICIAS TRABALHAM EM ESCALAS DESUMANAS,DIFERENTEMENTE DAS 40 HORAS SEMANAIS DO TRABALHADOR COMUM.
    O POLICIAL COLOCA SÓ EM VESTIR A SUA FARDA,SUA VIDA EM RISCO PRA DEFENDER UMA POPULAÇÃO QUE NUNCA OS APOIOU,SÓ LEMBRAM DO POLICIAL EM SITUAÇÃO QUE ESTIVEREM EM RISCO OU,SEUS FAMILIARES.
    O POLICIAL,NÃO TEM DIREITO AO FGTS.
    SOU LEITOR DO FELIPE MOURA BRASIL,ACOMPANHO DIARIAMENTE SEU BLOG MAS,PARA DISCUTIR UM ASSUNTO TEM-SE QUE SER PROFUNDO CONHECEDOR DO ASSUNTO,CASO CONTRÁRIO JOGA-SE PARA PLATÉIA ALÉM DE FAR-SE UM MONTE DE ASNEIRA.
    TODOS QUE CRITICAM POLICIAIS,DEVERIAM SER POLICIAIS POR APENAS UMA SEMANA,PARA VER COMO O "BAGULHO É DOIDO".
    RAPADURA É DOCE MAS,NÃO É MOLE E,PIMENTA NOS OLHOS DOS OUTROS É REFRESCO.

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  2. Ainda tem o fator experiência de rua e prática com o trabalho. Ainda que se conseguisse formar 50 mil policiais militares em 30, 45 dias, com a melhor formação possível, os recém formados e neófitos policiais ainda teriam que lidar com a falta de conhecimento da área onde atuariam, a falta de conhecimento de quem são os criminosos desta área e a inexperiência nas conduções das ocorrências, coisas que só a rua te ensina. Existe um "manual" que te ensinam no curso de formação, mas na prática é bem diferente. Todos sabemos disso. Até o policial deixar de ser cru a vagabundagem iria deitar e rolar, e a sociedade iria sofrer muito.

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  3. A verdade não tem dono, mas ela sempre estará do lado da moralidade e voz da razão, jamais chegará aos ouvidos da inconsciência.

    Um procurador de Justiça recebeu do Ministério Público do Espírito Santo, de uma só vez, R$ 221.204,23. O valor, pago no mês de março de 2016, ultrapassa em quase 10 vezes o teto constitucional de R$ 33,7 mil, valor do contracheque dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e um soldado da Polícia Militar do ES ganha R$ 2.600,00.

    Onde está a grandeza dos serviços prestado por um desembargador, à sociedade que justifique um salário de R$ 221.204,2 (seja lá qual for a justificativa)? E onde está a insignificância dos serviços prestado à sociedade pelos soldados das Polícias Militares de todo Brasil, para ser tão irresório? Exceto os do DF.

    Qual dos dois salários atende o princípio da moralidade?

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