JORNALISMO INVESTIGATIVO

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terça-feira, 1 de outubro de 2013

2014: O ANO QUE JÁ COMEÇOU

Zuenir Ventura que escreveu o famoso livro "1968: O Ano que Não Terminou".
Ontem, assistindo ao vivo as imagens transmitidas pela mídia independente direto do Centro do Rio de Janeiro, onde ocorria um novo confronto entre manifestantes e Policiais Militares, lembrei-me do livro, o qual li quando servia no Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da PMERJ.
O contexto que vivemos no Rio de Janeiro e o conteúdo do livro me deram a ideia do título desse breve artigo: 2014, o ano que já começou.
Penso que 2014 começou no Rio em junho de 2013, quando o povo começou a ir para as ruas, lutando por sua cidadania e o governo Sérgio Cabral (PMDB) se viu obrigado a garantir o livre direito de manifestação e, simultaneamente, garantir a ordem pública, missões que deveriam ser realizadas pela Secretaria de Segurança Pública.
Infelizmente, a Secretaria de Segurança não conseguiu e não consegue cumprir essas missões, como assistimos sempre que um protesto se realiza nas ruas da cidade maravilhosa.
O caos dos nossos últimos dias tem origem na ineficácia crônica da Secretaria de Segurança dessa vez para atuar na manifestação justíssima dos profissionais da educação pública.
Dia após dia, o governo Cabral está jogando a Polícia Militar para ser desgastada junto à opinião pública, o que está transformando a corporação na instituição pública mais odiada do Brasil. As imagens da mídia independente não mentem, os excessos policiais são flagrantes, embora as narrativas dos autores das imagens nem sempre sejam corretas.
2014, o ano que já começou, o ano leitoral que foi antecipado.
A realidade das ruas está cada vez mais destruindo as imagens do governador Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes, ambos do PMDB. O partido pode sofrer a maior derrota eleitoral dos últimos tempos no estado.
O tratamento que a imprensa deu às Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) reelegeu o governador em 2010, mas a realidade atual é diferente, pois parte da mídia noticia os efeitos colaterais e negativos do projeto que se mostra mais do que nunca uma estratégia eleitoral. O fenômeno tem tudo para não se repetir, Pezão não será eleito pelas UPPs.
As eleições de 2014 parecem perdidas para o PMDB fluminense, mas ainda existe uma esperança mascarada: os Black Blocs. Um grupo sem qualquer compromisso com os objetivos das justas manifestações e que tem surgido sempre para confrontar com a Polícia Militar, gerando a desordem e a violência, o que tem afastado o povo das ruas.
Em apertada síntese, a ineficiência da Secretaria de Segurança trabalha contra o governo Cabral e os Black Blocs agem como aliados.
Os protestos crescerão geometricamente em 2014, ano da Copa do Mundo e das eleições, ninguém dúvida desse crescimento, isso é fácil de prever. Difícil é  antecipar o tamanho da surra que o PMDB levará nas urnas, apesar dos milhões do dinheiro público investidos em propaganda na imprensa para minorar o desgaste da imagem e da ação dos Black Blocs, hoje o maior aliado dos maus governantes do Brasil.
Juntos Somos Fortes! 

3 comentários:

  1. O Cabral não tinha oq fazer naquele momento a não ser acionar a policia, q teve desgaste não só no rio, mas em todo pais

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  2. Grato pelos comentários.
    Valeu! Meu amigo Jim.
    Cabral? Melhor esquecer...
    Juntos Somos Fortes!

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