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domingo, 20 de outubro de 2013

RIO: MILHARES DE HOMICÍDIOS FORA DAS ESTATÍSTICAS.

A inconsistente "pacificação" do Rio de Janeiro. Isso não passa de uma propaganda que a imprensa quer colocar na nossa cabeça para vender um produto, que nesse caso não existe: a segurança pública.
"O GLOBO 
Estudo mostra 30 mil homicídios ocultos no Rio em 14 anos 
Extra 
Quem se debruça sobre as estatísticas de assassinatos, que têm caído nos últimos anos, mal sabe que, por trás daqueles números, estão milhares de nomes e histórias que não aparecem nos registros oficiais. O economista Daniel Cerqueira, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), concluiu em julho um estudo apontando que o Rio teve, entre 1996 e 2010, 29.075 homicídios ocultos, ou seja, mortes que são tabuladas como de causa indeterminada, mas que são, na verdade, assassinatos. 
A pesquisa se baseou nos números do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde, único banco de dados que permite a comparação nacional de mortes violentas entre os estados. Cerqueira analisou características socioeconômicas de quase 1,9 milhão dessas mortes, ocorridas em todo o Brasil entre 1996 e 2010. A constatação foi de que o país não foi capaz de identificar, no período, a causa do óbito em 9,2% dos casos, número que corresponde a 174 mil vítimas. A estimativa é que 74% dessas mortes não identificadas se tratavam de homicídios. No grupo de mortes violentas indeterminadas, podem haver todas as causas não naturais de falecimento: homicídios, suicídios, acidentes de trânsito, quedas ou óbitos decorrentes de catástrofes naturais. 
No Rio, estado com maior número de mortes com causas desconhecidas em 2010, Cerqueira identificou dois problemas: a falta de qualidade na produção de dados e a má articulação entre as organizações, como a Polícia Civil, o Instituto Médico-Legal e a Secretaria de Saúde. O problema, explica o pesquisador, já começa de início, quando um indivíduo é encontrado morto na via pública, e deveria ser preservada a cena do crime. 
— No Rio, a primeira coisa que a polícia faz é descaracterizar a cena, seja por falta de treinamento, por falta de conhecimento ou porque ela mesma está envolvida com a morte — afirma ele. 
Isso ocorreu, por exemplo, na Favela do Rola, em Santa Cruz, na operação de 16 de agosto de 2012, quando houve cinco mortos. 
Vídeos revelados em maio passado pelo EXTRA mostraram os policiais alterando a cena das mortes, afetando a investigação posterior. Sem a preservação do local, não foi feita a perícia, o que impediu a polícia de checar se haviam sido homicídios dolosos ou mortes em confronto policiais".
Juntos Somos Fortes!

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