JORNALISMO INVESTIGATIVO

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terça-feira, 8 de outubro de 2013

PROTESTOS NO RIO: UMA UPP NA CINELÂNDIA

Ontem, mais uma vez, a Secretaria de Segurança Pública (SESEG) não conseguiu garantir o direito de manifestação nas ruas e não conseguiu garantir a manutenção da ordem pública, situação que virou rotina nas ruas do Rio de Janeiro, a cada protesto.
A realidade do fracasso da SESEG está estampado na capa dos jornais fluminenses:
- O GLOBO:
BATALHA NAS RUAS
Vândalos sufocam protesto, de novo
- JORNAL EXTRA
VIROU ROTINA
Protesto legítimo acaba, de novo, em quebra-queba
- JORNAL O DIA
NOITE DE VANDALISMO
A imagem de um coletivo incendiado é estampada nas três capas.
A recorrência dos insucessos da SESEG no cumprimento de suas missões no concernente à atuação nos protestos é algo extremamente preocupante, sobretudo porque não tem sido discutido como devia nos meios de comunicação, diante da também rotineira opção por responsabilizar exclusivamente a Polícia Militar, quer seja pela violência contra os manifestantes, quer seja pela incapacidade de impedir a desordem. A falta do debate sobre a atuação da SESEG nos impede de conhecer os problemas e de encontrar as soluções.
Não custa lembrar que segurança pública não se faz só com a Polícia Militar.
Não custa lembrar que a SESEG dirige a Polícia Militar e a Polícia Civil.
Não custa lembrar que a SESEG pode solicitar o apoio das Forças Armadas, como faz nas ocupações das comunidades.
Não custa lembrar que a SESEG pode solicitar o apoio da Guarda Municipal do Rio de Janeiro, a qual dispõe de grupamento especialmente treinado para atuar em controle de distúrbios civis.
Por que a SESEG não consegue garantir a manifestação e manter a ordem?
É imperioso que isso entre na pauta de debates da sociedade fluminense. Não podemos continuar assistindo protesto após protesto, o Centro do Rio de Janeiro se transformar em uma praça de guerra, com danos ao patrimônio público e privado, bem como, com Policiais Militares e civis feridos após os confrontos.
Por que a SESEG não consegue implantar um esquema preventivo que permita a manifestação e que impeça a desordem?
Efetivo não falta.
Recursos materiais não faltam.
Possibilidade de apoio não falta.
O que falta?
Será que falta instalar uma UPP na Cinelândia?
Talvez falte o rompimento da blindagem que parte da imprensa implantou em torno do prédio da Central do Brasil, local onde funciona a SESEG.
É hora de perguntar ao Secretário de Segurança o que está faltando para que as missões sejam cumpridas, permitindo os protestos e garantindo a ordem.
É urgente que se faça algo, antes que a solução seja, mais uma vez, exonerar o Comandante Geral da Polícia Militar, algo que também já virou rotina.
Juntos Somos Fortes!

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