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segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

RJ: TODOS OS HOMENS DO GOVERNADOR - SERGIO BOECHAT

Prezados leitores, transcrevemos um artigo do blog do Sergio Boechat sobre o governo Pezão: 



"BLOG DO SERGIO BOECHAT
RJ: TODOS OS HOMENS DO GOVERNADOR!
17/01/2015 12:18:34
O Estado do Rio de Janeiro vive uma crise de liderança, o que acontece também em outros Estados e em muitos municípios importantes pelo Brasil afora, inclusive em Volta Redonda. Há uns dois anos ninguém poderia imaginar que o Pezão, ex-prefeito de um pequeno município no Sul Fluminense, indicado pelo Garotinho para compor a chapa de Cabral, vice governador de um dos políticos mais desgastados politicamente e sem nenhum destaque em seu curriculum vitae, estaria hoje governando o Estado. Venceu pela incompetência dos seus opositores. 
O ex-governador Garotinho, com uma rejeição que ultrapassava 40%, não tinha nenhuma chance de ganhar de ninguém e sequer foi para o segundo turno; o senador Lindbergh Farias, com o seu partido participando do Governo Cabral desde o primeiro momento, não tinha nenhuma credibilidade para se apresentar como oposição ao Pezão; o senador Crivella, usando uma estratégia errada, sem discurso, sem propostas e vinculado irremediavelmente à Igreja Universal foi longe demais; e o Tarcísio, o mais lúcido dos candidatos, mas sem estrutura e sem tempo de televisão para dizer a que veio, cumpriu o seu papel e teve até uma votação boa, nas circunstâncias em que se candidatou! Venceu o que tinha melhor estrutura, mais dinheiro e o menos rejeitado entre os “medalhões” da política fluminense! 
Diante deste quadro caótico em termos de liderança e total incompetência da oposição, o Pezão ganhou a eleição, na base da teoria “dos males o menor”! Escondeu o governador o tempo todo, jogou emoção na campanha, apelou para a demagogia e conseguiu mostrar que os seus adversários eram muito mais fracos do que ele. Os candidatos de oposição não foram capazes de associar o Pezão ao Cabral, já que os dois são do mesmo naipe e a primeira coisa que o candidato eleito fez, zombando dos seus concorrentes, foi dedicar a sua vitória ao ex-governador, da famosa “turma do guardanapo”! 
E para comprovar que o Pezão não tem nenhuma estrutura para chegar onde chegou, basta analisar o secretariado que ele empossou. Um secretariado inexperiente, provinciano, caseiro, construído na base da amizade e recheado de cabos eleitorais ocupando pastas importantes e com pouquíssimos especialistas. Percebe-se, claramente, a sua intenção de se segurar politicamente, já que ele não tem o controle da máquina e teme ser engolido pela Assembleia Legislativa, cheia de cobras criadas, comandadas pelo Picciani. 
Para a Secretaria de Governo indicou o Deputado Paulo Mello, que pleiteava a reeleição para a Presidência do Legislativo, mas que não resistiu ao esquema Picciani, sempre muito pesado e já anunciou que quer o Tribunal de Contas. Valha-nos, Deus! Para a Secretaria de Esportes indicou o filho do ex-governador, que é quem vai realmente governar o Estado. Às vésperas de uma Olimpíada, uma nomeação para agradecer ao ex-governador a sua chegada ao poder, sem qualquer compromisso com a eficiência e com a competência. Na Saúde, ele colocou alguém que não entende nada do assunto e sem nenhuma experiência em gestão pública. Ele segue o mesmo modelo adotado pelo “prefeito cassado” e “ficha suja” de Volta Redonda: Ele dá muito mais importância à lealdade do que à competência e coloca as pessoas erradas no lugar errado! 
Teve a preocupação de indicar deputados para os cargos de secretário, abrindo assim novas vagas na Assembleia para políticos da Região Sul Fluminense que não conseguiram se eleger. No Brasil é assim: A população elege os candidatos que considera os melhores para representá-la, mas o Chefe do Poder Executivo ignora a decisão e abre vagas para quem não ganhou a eleição, simplesmente para atender interesses políticos. Não interessa a ele se convidou um bom profissional, desde que possa atender os partidos e os políticos envolvidos nas transações. 
O Governador conseguiu até ressuscitar políticos já ultrapassados e que não têm mais nada a oferecer ao Estado, como o Deputado Federal Arolde de Oliveira. Loteou o governo para agradar aos partidos e assim sobreviver politicamente. Enfim, é este o cenário político do Estado do Rio de Janeiro. Quando a gente pensa que o Estado vai dar uma arrancada para ganhar mais prestígio e mais força política e econômica no contexto nacional, a gente percebe uma regressão ou pelo menos uma estagnação, com uma política de fisiologismo que a gente imaginava que já estivesse superada, mas que voltou com toda a força ao Palácio Guanabara. Só nos resta aguardar para ver no que vai dar esta “política menor” que foi trazida de volta pelo Pezão! (Fonte)"

Juntos Somos Fortes!

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