O governo estadual implantou dois
programas na PMERJ (PROEIS e RAS) os quais em síntese têm como objetivo
reforçar o policiamento nas ruas através do emprego de Policiais Militares que
estão de folga, pagando uma gratificação por cada folga que os militares
vendem. Assim o governo oficializou o “bico”, o segundo emprego. Sem dúvida, se
comparamos a informalidade do “bico” por meio da prestação de serviço de
segurança (via de regra) para particulares, com o “bico oficial” no qual o
Policial Militar trabalha no segundo emprego atuando no policiamento ostensivo, a
nova modalidade é vantajosa para todos: população, PMERJ e Policial Militar. A
crítica que se faz é que o caminho correto seria pagar salários justos aos PMs
para que eles pudessem usar as suas folgas para o descanso, o lazer e a convivência
com seus familiares.
Diante dessa realidade, proponho
uma reflexão.
Certamente, antes de implantar
esse trabalho nas folgas, o governo fez um estudo para avaliar se os PMs
suportariam essa sobrecarga de serviço, considerando o desgaste físico e
emocional da atividade. O resultado só pode ter sido na direção de que os PMs
suportarão, tanto que os programas foram implantados, existindo um limite máximo
de doze serviços de oito horas por mês.
Pergunto:
Por que não reestruturar as
escalas de maneira que os PMs tirassem por mês a soma dos serviços normais e
das folgas vendidas, incorporando a gratificação no salário?
Segundo a mídia a SESEG informou
que um Soldado PM ganha por mês cerca de R$ 1.600,00 e que vendendo doze folgas
ele ganharia mais R$ 1.800,00. Portanto, alterando a escala ele trabalharia
dentro do limite considerado adequado pelo governo e o salário dos Soldados da
PMERJ passaria para R$ 3.400,00.
Parece um raciocínio simplório,
mas esconde uma dura verdade.
Por que o governo não faz isso?
Qual seria o problema?
Fácil, o governo não quer pagar
esse salário para todos os ativos e nem para os inativos.
O atual governo estadual a cada
dia estabelece novos meios de pagar mais para poucos, relegando a maioria dos
ativos e a totalidade dos inativos aos salários miseráveis.
Tropa dividida, tropa fraca.
Se você ainda tem alguma dúvida,
procure um Coronel PM da ativa que reclame do governo estadual. Adianto que não
vai achar um, tendo em vista que as gratificações recebidas são espetaculares.
Tropa dividida, tropa fraca.
Juntos Somos Fortes!
O capitão Dennys Bizarro, flagrado por câmeras quando passava numa viatura da PMERJ pelo local onde Evandro João da Silva, coordenador do AfroReggae, acabara de ser morto num assalto, está fazendo CAO e vai entrar para a lista de promoção a major, em agosto. O IPM que apurava o caso não deu em nada. É uma impunidade absurda e VERGONHOSA para a Polícia Militar! Se fosse praça, com certeza, já teria sido expulso.
ResponderExcluirhttp://ricardo-gama.blogspot.com.br/2012/06/nao-deu-em-nada-mas-se-fosse-um-praca.html
O Coronel PM da ativa não pensa no futuro, esquece que também será inativo, por isso não cobra salários justos para a tropa. R$ 3.400,00 (três mil e quatrocentos reais) ainda não seria um bom salário, mas com certeza já mudaria um pouco a realidade do Soldado da Polícia Militar. Muitos que não se inscrevem nos concursos para Sd PM passariam a se inscrever e isso melhoraria o nível da tropa (as vagas do concurso seriam mais disputadas).
ResponderExcluirRAS É A ESCRAVIDÃO ESCONDIDA POR BAIXO DOS PANOS NÃO VAI RESOVER OS PROBLEMAS DO ESTADO.NÃO ESTÃO RESPEITANDO AS FOLGAS OS POLICIAS ESTAMOS CANÇADOS DE TANTA .... VOU ENTRAR NA JUSTIÇA POIS QUERO SABER SE UM DECRETO VALE MAIS DO A CONTITUIÇÃO FEDERAL E AS LEIS DO NOSSO PAÍS.
ResponderExcluirCONSTITUIÇÃO FEDERAL? LEIS DO NOSSO PAÍS? A PMERJ NÃO SE IMPORTA COM NENHUMA DELA, AINDA VIVEMOS NO REGULAMENTO DA DITADURA. SE NÃO FOSSE ASSIM NÃO TRABALHARÍAMOS O CORRESPONDENTE A OITO HORAS DIÁRIAS POR TRINTA DIAS AO MÊS E AINDA NÃO SERÍAMOS ESCALADOS NA FOLGA NO "RAS"
ExcluirCoronel, além de excluir covardemente os inativos, que, ou trabalharam a vida toda pela PMERJ e logo para o povo (que não vê isso) estão acabando com os policiais da ativa.
ResponderExcluirAo contrario do que o senhor cre, não foi feito um estudo adequado, ao menos não parece, pois os policiais estão sendo escalados em todas as folgas, inclusive em serviços sem intervalo. Os inativos estão sem dinheiro e os da ativa sem descanso. Este governo esta matando mais policiais que os criminosos.