Prezados leitores, bom dia!
O brasileiro é muito bem humorado, isso é um fato.
O brasileiro gosta de festa, isso é outro fato.
As brincadeiras fazem parte do nosso cotidiano, sendo um fator de agregação nos ambientes sociais, sempre que elas não descabam para o mau gosto. Um bom contador de piadas é um indivíduo de sucesso no seu grupo, um agente catalisador da amizade. Em contrapartida, os que se afastam desse comportamento jocoso acabam meio que discriminados. Somos brincalhões por natureza e isso acabou se transformando em um grande problema nacional, o hábito de fazer piada de tudo, não tratanto alguns temas com a seriedade que eles merecem.
O nosso bom humor faz com que transformemos o mundo do futebol, por exemplo, em uma fonte inesgotável de piadas. Vez por outra parece que vibramos mais com a derrota dos times adversários do que com a vitória do nosso time, isso em virtude da possibilidade de fazermos uma gozação. No Rio, flamenguistas parecem vibrar mais com as derrotas do Vasco do que com as vitórias do Flamengo e a recíproca é verdadeira.
O problema é que levamos esse comportamento alegre para os problemas mais sérios do Brasil e acabamos fazendo piadas.
Apelidamos o político mentiroso de Pinóquio, escrevemos artigos, fazemos charges, cartazes e faixas com a imagem do boneco, mas o político continua lá, mentindo.
Anunciamos que a CPMI do Cachoeira vai acabar em pizza, escrevemos artigos, fazemos charges, cartazes e faixas, enquanto isso a chance dos envolvidos saírem ilesos cresce diariamente, alimentando a impunidade.
No Rio vestimos ternos, colocamos guardanapos na cabeça e fomos para as ruas, andamos de bicicleta simulando passeios por Paris, mas tudo continua igual.
Hoje termina a Rio +20 sem qualquer resultado digno de elogio, gastamos quase 200 milhões de dinheio público para esse espetáculo inócuo e amanhã estaremos fazendo piada, como a elegante que O Globo publica hoje na sua capa com o título "joalheria", onde aparece uma foto com a senhora Marcela Temmer, mulher do vice Michel Temer, recebedo primeiras-damas durante um desfile de joias no Palácio Itamaraty, no Centro do Rio.
Tudo acaba em gozação, infelizmente.
Vivendo nesse mundo circense, sofremos com toda sorte de problemas e não reagimos, pior, rimos.
No Rio de Janeiro a segurança, a educação e a saúde públicas são péssimas, mas não adotamos qualquer medida séria para revertermos o quadro.
Dizem que não existe mal dure pare sempre e bem que nunca se acabe, quem sabe nós comecemos a rir menos e a agir com a seriedade que os problemas determinam.
Brincamos com o mensalão, Lula não sofreu um processo de impeachment e o conjunto PT+PMDB continuou no poder.
Brincamos com as viagens de Sérgio Cabral (PMDB) para a Europa e a CPMI da Delta não foi instalada na ALERJ.
Quem sabe o impeachment no país vizinho não nos anime para tratar os problemas com a seriedade que eles merecem.
Juntos Somos Fortes!
Parabéns, Cel Paul, sua análise foi perfeita. Precisamos mais de seriedade e isso não significa ser mal humorado, pelo contrário a Alegria Interior precisa ser aumentada. Como assim? Começarmos o nosso trabalho em busca de qualidade total para os trabalhadores de segurança pública e para o povo. Devemos aprender a trabalhar com amor e com espírito de equipe, não só acreditando, mas confiando no nosso trabalho. Quem luta por dignidade e justiça não deve temer nada, nem ninguém.
ResponderExcluirA luta pela PEC 300 continuará perseverante, querendo ou não a Presidente da República. Nós queremos e nós somos maiores, é preciso acordar!
Alegria Interior!