JORNALISMO INVESTIGATIVO

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quinta-feira, 21 de junho de 2012

RIO: POLICIAIS MILITARES RECEBEM SALÁRIOS MISERÁVEIS MAS PODEM VENDER SUAS FOLGAS


O Rio de Janeiro tem inovado em termos de segurança pública, isso ninguém pode duvidar.
Na área administrativa criamos a avaliação seletiva sobre a inservibilidade dos novos imóveis. Descobrimos que os próprios utilizados pela Polícia Militar que estão situados em áreas nobres, onde os imóveis e os terrenos são muito valorizados (Centro e Zona Sul do Rio de Janeiro) são obsoletos e devem ser vendidos. Interessante destacar que só descobrimos tal aspecto nas áreas nobres, vendendo o Quartel General (Centro) e estando em vias de vender batalhões da Zona Sul. Os próprios utilizados pela corporação e situados em áreas menos valorizados (Baixada Fluminense, por exemplo), esses não são obsoletos, penso que sejam tidos como modernos e eficientes. 
Além disso, vez por outra, ouvimos que a intenção é diminuir a atividade administrativa para priorizar a operacionalidade, mas continuamos aumentando as estruturas administrativas criando um comando intermediário para gerenciar as UPPs, por exemplo. As UPPs poderiam (deveriam) ser comandadas pelos comandantes dos batalhões operacionais, onde elas estão situadas, integrando o policiamento, isso sem aumento de estruturas e de custos. Seguimos na mesma direção ao acabar com o BPFMA e criando outro comando intermediário. Lembro que esses comandos intermediários distribuem uma série de gratificações para os Oficiais, aumentando sobremaneira os custos para os cofres públicos e de forma desnecessária.
Na gestão da área operacional as novidades mais recentes são muito interessantes no que diz respeito ao efetivo. Primeiro, para compensar os salários miseráveis pagos aos Policiais Militares, as escalas melhoraram, aumentando as folgas. O tempo foi passando, as UPPs viraram o principal "cabo eleitoral" do governo estadual, todos os novos Soldados formados no CFAP - 31 de Voluntários foram destinados para elas e os batalhões operacionais - cada um responsável por policiar vários bairros -, foram ficando cada vez com menos efetivo. Nessa realidade, veio a ideia brilhante no sentido de copiar um programa usado em São Paulo, no qual o PM vende a sua folga e participa do "bico oficial" trabalhando nas ruas, nascendo o PROEIS. Nos últimos dias diante ainda da falta de efetivo nos batalhões, criaram um novo programa o RAS, onde o PM também vende as suas folgas participando do "bico oficial". Sem dúvida, ideia brilhante, vender as folgas para "aumentar" o efetivo nas ruas.
Interessante destacar que apesar do efetivo da PMERJ estar sendo aumentado aos milhares, através da facilitação das provas do concurso, esses PMs não aparecem nas ruas, todos estão nas UPPs.
Vivemos a gestão da modernidade, na qual as folgas não servem para a recuperação física/mental do Policial Militar e para o seu convívio no seio familiar, elas servem para serem trocadas por dinheiro e para aumentar o efetivo nas ruas, não importando em que condições de desgaste o homem estará submetido.
Por derradeiro, não posso deixar de registrar o novo conceito de remuneração implantando no qual o Policial Militar recebe mais de gratificação (venda das folgas) do que de salário mensal.
É a PMERJ rumando para o futuro!
Só não nos perguntem onde iremos chegar...
Juntos Somos Fortes!

2 comentários:

  1. VEJAM OS BLOGs, SOS BOMBEIRO, SOS PMERJ, COTURNO CARIOCA, RVCHUDO, GAROTINHO E RICARDO GAMA.

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  2. Eu pergunto, pois o sr tem a resposta: onde iremos chegar?

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