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sexta-feira, 15 de setembro de 2017

CRISE DEIXA A POLÍCIA MILITAR EM APUROS - JORNALISTA CLAUDIA FREITAS

Prezados leitores, transcrevo artigo publicado no site VIU.
Eu fiz uma breve declaração à jornalista.



"Crise deixa a PM em apuros 
SET 13, 2017 
Claudia Freitas 
Policiais do Rio de Janeiro convivem com mortes em serviço e enfrentam dificuldades para ingresso no curso de oficiais; 
Da redação 
Enquanto as estatísticas registram um número alarmante de Policiais Militares assassinados no Rio de Janeiro este ano, os praças da corporação enfrentam situações internas difíceis de superar, além do recorde de mortes entre os companheiros de farda. 
A falta de estrutura operacional, justificada pela crise na Segurança, é uma delas. Mas os policiais vêm reclamando também de mudanças no regimento da PM, que resultam em obstáculos na ascensão no plano de carreira. 
O tradicional Concurso de Formação para Oficiais (CFO) da PM do Rio foi anunciado em janeiro de 2017, mas nem todos os militares interessados conseguiram fazer a inscrição com a mesma facilidade dos anos anteriores. O exame, pela primeira vez, exigiu dos candidatos formação superior em Direito. 
A Federação Nacional de Entidades de Oficiais Militares Estaduais e a Associação de Oficiais Militares Estaduais do Rio elogiaram a iniciativa do comando. Na via contrária, a maioria dos praças e boa parte dos oficiais acha que a alteração nas normas do concurso gera entrave na escalada por cargos com melhor remuneração. 
PETIÇÃO ONLINE 
Em dezembro do ano passado, uma petição online pedia a anulação do edital do concurso para oficiais, organizada por candidatos que se sentiram prejudicados com a obrigatoriedade do curso superior em Direito. Na época, o coronel Roberto Vianna, comandante da Academia de Polícia Militar Dom João VI, afirmou que a mudança visava uma melhor prestação de serviço. “O PM atua na rua como defensor dos direitos”, disse. 
O coronel Paulo Ricardo Paúl, ex-corregedor da PM do Rio, acredita que a alteração “gera um ganho institucional, considerando que grande parte da carga horária do CFO era de matérias jurídicas. O curso pode ser comprimido e com maior carga horária aplicada nas técnicas policiais. Perderam os PMs e ganhou a instituição. Uma contradição”, avalia a coronel. 
FORÇA NACIONAL PARA DECORAÇÃO 
O soldado da PM que conversou com o Porta VIU!, mas pediu para não ser identificado, considera que a chegada da Força Nacional de Segurança ao Rio “só serviu para comer o dinheiro que poderia ser usado para pagar os salários e adicionais dos PMs”. Segundo o policial, amigos que atuam na Força Nacional contam que a ordem dada pelo comando é de “não ter guerra”. 
“O trabalho mais arriscado continua para a PM, que nem salário recebe em dia”, reclama o militar. 
Ele diz ainda que policiais nas UPPs [Unidade de Polícia Pacificadora] estão “acuados” por traficantes em comunidades e trabalhando com equipamentos sucateados e locações deprimentes (Leiam mais)". 

Juntos Somos Fortes!

Um comentário:

  1. O curso de direito não acrescenta nada na atividade policial militar. O que sempre foi ministrado nas escolas da PM a respeito do direito penal, constitucional e administrativo sempre foi mais do que necessário àqueles que se ocuparão com o policiamento ostensivo. Ao invés dessa estratégia para forçar o ciclo completo de polícia, a PM deveria investir nas técnicas policiais, na distribuição mais eficiente do policiamento e na segurança e motivação dos seus funcionários, pois assim a sociedade ganharia. Parece não perceberem a quantidade de baixa e reserva remunerada todos os dias, perda de material humano precioso. O que é mais coerente, abrir concursos para civis que levarão anos amadurecendo e juntando experiência ou motivar os que já atingiram esse nivel a permanecer nas fileiras? Intrometer-se na carreira jurídica vai servir para negligenciar ainda mais a missão constitucionalmente prevista, mas trará poder a muita gente. Defender a cidadania através da PM não é criar defensores públicos com farda. O PM praça atua na rua como um cabide da farda, quando deveria estar circulando para prevenir a ocorrência de delitos, e o PM oficial atua em gabinetes rubricando papéis, quando deveria estar junto da tropa nas ruas. Na vontade cega de ganhar um cartório, perde a sociedade, ganham os megalomaníacos inúteis.

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